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A rotina de Felipe da Silva Gonçalves segue como a de qualquer outro jovem de sua idade. Boa parte do dia é dedicado aos estudos. O garoto de 15 anos frequenta o Colégio Universitário, em Londrina (PR), e no 9º ano aprende coisas como análise sintática, álgebra e a história do período entre Guerras. Mas é fora dos bancos escolares que ele mais se destaca e concentra a curiosidade de parte dos colegas. Perguntas do tipo ‘como é ser piloto’ e ‘você se machuca se cair’ são as mais frequentes, diz Felipe, que desde o ano passado compete em provas de motovelocidade.

No SuperBike Brasil, Felipe Gonçalves corre pela categoria Copa Kawasaki Ninja 300. Talentoso, o garoto conquistou uma vaga na equipe do seu pai, a Paulinho SuperBikes, e logo em sua estreia no campeonato, na rodada de Curitiba, deixou os líderes para trás e obteve a vitória em solo paranaense. Sorte de principiante ou não, Felipe terá uma nova oportunidade para provar a sua habilidade, desta vez diante de todos seus amigos e familiares. O jovem piloto irá correr em casa na etapa de Londrina, que será realizada entre os dias 20 e 23 de outubro no Autódromo Internacional Ayrton Senna.

“Minha expectativa é grande. A equipe conseguiu um bom acerto da moto correndo em casa, porém, não vai ser uma prova fácil”, avalia o piloto londrinense. Entretanto, o garoto tem um grande trunfo a seu favor: conhece cada detalhe do circuito. “A pista de Londrina é muito técnica e tem um traçado bastante desafiador. Gosto muito de andar aqui”, completa.

Filho de Paulo Henrique Imes Gonçalves, 34 anos, e de Karolina Ferreira da Silva, 33, Felipe tem uma história bastante singular ligada à motovelocidade. O primeiro contato com o esporte veio no final de 2007, quando tinha apenas seis anos. A família mudou-se para Londres após seu pai, preparador de motos, ser chamado para trabalhar com o piloto paulistano Rhalf Lo Turco, que à época iniciava sua carreira e hoje compete no Campeonato Britânico de Superbike. Foi neste momento, ainda na tenra infância, que Felipe despertou o prazer pelo motociclismo.

“Eu sempre acompanhava meu pai nas corridas e desde então passei a gostar muito de moto”, conta Felipe.

Até 2010, essa foi a rotina do garoto que deixou o interior da Paraná para viver no Velho Continente. Com o retorno da família ao Brasil, seu pai, Paulo Gonçalves, montou uma oficina de preparação de motos e em 2013 criou uma equipe. E foi neste momento que Felipe deu o primeiro passo na carreira de piloto. Em 2014, o garoto ganhou uma Honda CBR 250R e começou a treinar. Já no ano seguinte passou a competir. E logo a coisa ficou séria. Havia uma vaga em aberto na equipe do seu pai e nenhum piloto disponível para disputar a categoria 250cc. Resultado: Felipe assumiu o lugar e logo em seu primeiro ano obteve a oitava colocação no campeonato nacional.

Agora, o garoto parte para sua segunda corrida no SuperBike Brasil e espera manter o bom desempenho em sua cidade natal. Restando pouco mais de duas semanas para a realização dos primeiros treinos da etapa de Londrina, Felipe conta que a principal dificuldade na carreira de piloto é conciliar a agenda do esporte com as atividades da escola. E para isso, é preciso destinar tempo para estudar as inúmeras fórmulas matemáticas e as intrincáveis regras de sintaxe para vencer também nos estudos.

Asimp/SuperBike Brasil

#JornalUnião

Foto: Johanes Duarte/VGCOM

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