O Sertões 30 Anos mostra a sua face de gigante nas duas primeiras etapas
Final de semana de muita correria. E é justamente para isso que as equipes estão no Sertões 30 Anos. A paixão por competir da Braço Curto Motorsport se preparou para o desafio e partiu. No sábado os cinco carros da equipe de Londrina completaram a primeira etapa entre Foz do Iguaçu e Umuarama. A dupla Mario Marcondes e Artêmio Pauluci avançou para a 14ª posição na geral. No outro carro, Paulo Marcondes e Ricardo Medeiros, terminaram em segundo na categoria Pró Brasil. Mas perderam uma posição por excesso de velocidade em uma zona de radar.
Claudio Leoni e Joel Kravchenko saíram da pista em uma das curvas de alta. “Uma garrafinha de água correu para baixo dos pedais e atrapalhou o controle do carro”, lamentou Leone. O tempo parado comprometeu o desempenho da dupla. Luiz Manara e Leo Telles precisaram ser rebocados para concluir a especial de 172 quilômetros.
No domingo de sol, a segunda etapa confirmou a face de gigante do Sertões 30 Anos. O trecho cronometrado de 303 quilômetros, entre Umuarama (PR) e Presidente Prudente (SP) exigiu repertório dos pilotos com todo tipo de direção. Longos tiros acelerando forte e mudanças rápidas de velocidade, em diferentes tipos de piso. Trabalho foi tenso no calor que se apresentou como futuro protagonista, principalmente para as próximas especiais, rumo ao norte do Brasil. “Foi uma especial longa, no meio de plantações de cana, com muitas lombas (curva de nível), muita areia e caminhos estreitos”. Definiu Pauluci.
Na Braço Curto, o final de domingo e madrugada, teve movimento extra na equipe técnica. Engenheiros e mecânicos precisaram de todos os equipamentos das suas oficinas móveis. Além da revisão completa, de rotina, atenção especial para os carros das duplas Mario Marcondes e Artêmio Pauluci; e Luiz Manara e Leo Telles. Os dois não concluíram a especial.
É apenas o começo de uma partida de xadrez na poeira. A maior prova cronometrada do mundo não é apenas longa. Os 7.200 quilômetros de estradas foram estudados para entregar competitividade nos padrões dos mais importantes ralis do mundo. A extensão do trecho se junta ao desafio na pilotagem, navegação e resistência do equipamento.
A capacidade técnica e paixão por competir da Braço Curto já foram testadas em outras cinco edições do Sertões. Como os pilotos e os navegadores, a oficina, também corre contra o relógio. Isso é um rally.
Entender o jogo e observar os concorrentes faz parte da estratégia para quem quer atravessar o desafio. Ainda restam 12 especiais, com o Jalapão no meio. A região crítica, no centro do Brasil, vai começar a definir quem tem chances para terminar o maior rally do mundo.
O Sertões 30 Anos segue nesta terça-feira do oeste de São Paulo para Campo Grande, a capital do Mato Grosso.
Cláudio Osti/Asimp
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