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Com o plantel mais caro do país, o Palmeiras ainda não empolgou em 2017. O sonho do Paulistão (que não vence desde 2008), esbarrou na Ponte Preta. Na Libertadores, o time precisou de acréscimos gordos para não empatar em casa em dois jogos seguidos e ainda não se viu aquela imposição técnica que se esperava. Culpados? Tem um em especial.

Recheado de jogadores, o Palmeiras não quis aliviar para os titulares e, os mesmos que tiveram um jogo exaustivo técnica e mentalmente contra o Peñarol no meio de semana, foram para campo no fim de semana seguinte diante da Macaca e a goleada por 3x0 foi impiedosa. Na verdade, a única mudança foi na lateral, quando o heroi do jogo de quarta foi preterido no domingo. Erro grave de estratégia. Erro de escalação. Erro do técnico.

Eduardo Baptista poderia ter rodado o elenco, colocado jogadores mais descansados diante da Ponte e, nada de cair o nível. Michel Bastos, Roger Guedes, Alecsandro, Arouca e Keno, só para citar alguns, descansados, poderiam jogar no mesmo nível dos titulares no jogo do Moisés Lucarelli. Claro que o resultado poderia ser o mesmo, pior ou melhor. Contudo, o time não jogaria tão desatento como ocorreu nos  momentos iniciais quando a equipe tomou dois gols.

Elenco robusto, com dois jogos decisivos em sequência, começo de temporada, é hora de rodar, mesclar, e não forçar. No jogo de volta, com placar adverso, sobrou vontade e faltou organização. Aí o torcedor começa a se perguntar se o Palmeiras é tudo isso ou se a propaganda foi maior do que o produto. Fica claro que hoje, o treinador tem um carro potente mas é aquele motorista com CNH provisória.

A pressão cresce porque na Libertadores, o Verdão vai fazer dois jogos fora de casa no returno e, em São Paulo, recebe o clube argentino da chave. Na Copa do Brasil, tem o Inter, que mesmo na Série B, é copeiro e eliminou o Corinthians em Itaquera. Plantel, camisa e adesão da torcida o Palmeiras tem. Condições de ser campeão dos próximos certames, também. Resta saber se vai ter treinador para tudo isso. O Verdão apostou em um treinador emergente quando tinha opções melhores disponíveis no mercado local e internacional. Na primeira decisão, a estratégia mostrou-se equivocada.

Guilherme Lima - Jornalista e Professor - Londrina - Pr. 

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