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Existe importância para o sexo no casamento

O Santo Padre explica que o amor do casal espelha o amor de Deus, por isso deve ser intenso, puro e santo

Sexo como liturgia conjugal

O Papa Francisco disse que “o casamento é um ícone do amor de Deus para com a humanidade”. O amor do casal espelha a intensidade e a beleza do amor divino por nós. Deus quis que o casal humano manifestasse esse amor de um para com o outro, de forma mais intensa, no ato sexual. Neste ato em que a vida é gerada, o filho é concebido, é como se fosse a “liturgia conjugal”, a celebração do amor.

Por isso, o sexo é tão forte e, ao mesmo tempo, tão desvirtuado. Nesse relacionamento físico, sentimental, afetivo e gozoso, o casal “celebra as suas vitórias”, cada um se entrega ao outro de corpo e de alma, porque entregaram, mutuamente, suas almas, suas vidas, e cada um jurou ao outro amor e fidelidade até que a morte os separe. O ato sexual passa, assim, a ser o “selo do compromisso conjugal” realizado no altar. No altar, o matrimônio é celebrado, mas é consumado na cama do casal.

O que é celebrado na relação sexual

Na união dos corpos, celebra-se, profundamente, o amor de um pelo outro: a compreensão recíproca, a paciência exercida, o perdão dado, o diálogo mantido, as lágrimas derramadas. A luta vencida é a “festa do amor conjugal”. Por isso, o ato sexual é o “ato fundante da vida”, diz a Igreja. Deus quer dar a vida ao filho, única e exclusivamente, por meio de seus pais, pelo ato sexual de amor entre eles. A Igreja não aceita outra forma de geração da vida; é um direito do filho ser gerado diretamente por seus pais.

O Sexo é belo e divino

Quando Deus criou o mundo, “viu que tudo era bom” (Gen 1,25). Portanto, o sexo é belo e divino, desde que no lugar certo. O Senhor fez do casal humano, pela via sexual, “a nascente da vida”, disse o Papa Paulo VI. Deus quis dar ao casal humano, pelo sexo, a glória de cooperar com Ele na criação do mais belo ser deste mundo. E é no ápice desta “celebração do amor”, que o filho é concebido; não somente a carne e o sangue do casal, mas, principalmente, o fruto do seu amor. Isso dá ao sexo, no plano de Deus, uma dignidade imensa.

Fora do casamento perde o sentido

O Catecismo da Igreja ensina que a vida sexual é legítima e adequada “aos esposos”: “Os atos com os quais os cônjuges se unem íntima e castamente são honestos e dignos. Quando realizados de maneira verdadeiramente humana, testemunham e desenvolvem a mútua doação pela qual os esposos se enriquecem com o coração alegre e agradecido” (Cat. §2362; GS, 49). Por isso o sexo não pode ser vivido – de nenhuma forma – fora do casamento; pois perde o seu sentido e se torna degradante e depravado. O olho é maravilhoso, mas se você o tirar da órbita ocular, gerará um monstro horrível. O sexo é assim também.

O ato sexual é manifestação de amor

A vida sexual de um casal, que não se ama de verdade, nunca é harmoniosa, porque o ato sexual é manifestação de amor. De nada adiantam as “técnicas sexuais” se não houver o amor. Para o homem é fácil e rápido realizar o ato sexual e chegar ao orgasmo, mas para a mulher NÃO! Ele está mais interessado no prazer sexual, mas ela, no amor, no romance, no carinho que recebe dele. Por isso, há muitas mulheres frustradas sexualmente; são mal amadas.

Não vos recuseis um ao outro

São Paulo, há dois mil anos, ensinava aos coríntios: “O marido cumpra o seu dever para com a sua esposa, e, da mesma forma, também a esposa o cumpra para com o marido. A mulher não pode dispor de seu corpo: ele pertence ao seu marido. E da mesma forma, o marido não pode dispor do seu corpo: ele pertence à sua esposa. Não vos recuseis um ao outro, a não ser de comum acordo, por algum tempo, para vos aplicardes à oração; e depois, retornai novamente um para o outro, para que não vos tente satanás por vossa incontinência” (1 Cor 7,3-5).

Não podem se negar um ao outro

A vida sexual harmoniosa faz bem para o casal que se ama; é um tônico para o corpo e para a alma, quando vivido de maneira verdadeira e humana. Um não pode se negar ao outro sem motivo grave; é o chamado “débito conjugal”. Um risco enorme para o casal, quando um se nega ao outro sem motivo, é o risco e a tentação de um adultério. É o pior que pode acontecer para o casal e para a família. Então, se o casal tem dificuldades sexuais, tem a obrigação de buscar a solução do problema, com terapia e oração.

No mundo de hoje, onde o sexismo depravado impera, o casal cristão precisa viver a vida sexual de maneira harmoniosa. São muitas as tentações fora de casa, especialmente para o homem.

No seu relacionamento íntimo, eles podem e devem fazer o que o outro precisa para chegarem ambos ao orgasmo. As carícias, mesmo oro-genitais, que ambos aceitam, podem ser vividas, na medida em que isso seja necessário para a realização completa do ato pelo caminho natural. Não se trata de sexo anal ou oral. O amor do casal espelha o amor de Deus; então, deve ser belo, intenso, puro e santo.

Professor Felipe Aquino é viuvo, pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova. Página do professor: www.cleofas.com.br e Twitter: @pfelipeaquino

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