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Monumento na cidade de Anchieta apresenta um novo conceito de museu, com interação e centro interpretativo

Um dos mais importantes símbolos da presença dos jesuítas no Brasil, o Santuário Nacional de São José de Anchieta foi entregue para a população capixaba na quinta-feira (18). O bem cultural localizado em Anchieta, no Espírito Santo (ES), passou por obras de restauro e readequação, com investimentos da ordem de R$ 10,5 milhões. As intervenções foram aprovadas e acompanhadas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), autarquia federal vinculada à Secretaria Especial da Cultura e ao Ministério do Turismo.

 “Com a entrega e a reabertura do santuário, o turismo religioso vai crescer na cidade. Os visitantes vão voltar a usufruir desse espaço, tão importante para a história do nosso país. O fluxo de turistas deve contribuir para gerar renda e emprego para o cidadão da região.” Presidente do Iphan, Larissa Peixoto.

Efetivadas pela Lei de Incentivo à Cultura Federal, as obras foram patrocinadas pelo Instituto Cultural Vale e pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Alinhado com padrões internacionais da área, o Instituto Modus Vivendi executou o restauro, de modo a preservar as características originais do bem.

O santuário é formado pela Igreja Nossa Senhora da Assunção e pela antiga residência jesuíta. Em 1943, o Iphan tombou a igreja, com inscrição no Livro do Tombo Histórico. Embora suspenso na pandemia, a expectativa é de que o turismo religioso no Santuário seja retomado nos próximos meses. O monumento religioso, um dos mais importantes do País, ficou em obra por cerca de três anos. Além de serviços de conservação e restauração, as intervenções criaram espaços para recepção e visita do público. A superintendente do Instituto no Espírito Santo, Elisa Machado Taveira esteve presente na cerimônia de entrega.

"O complexo arquitetônico do Santuário de Anchieta é um dos mais antigos e importantes do País. Os investimentos realizados pelo BNDES e outros parceiros contribuirão para a qualificação do turismo no Espírito Santo, ampliando também o conhecimento sobre o relevante papel do Padre Anchieta na história do Brasil colônia", avalia o diretor de crédito produtivo e socioambiental do BNDES, Bruno Aranha.

O complexo recebeu obras civis de conservação, climatização, sonorização, restauro do patrimônio arquitetônico, iluminação monumental, sistema de proteção de descarga atmosférica, segurança e projeto de combate a incêndio. Também foram realizados levantamentos históricos, pesquisa arqueológica, restauro de imagens de santos e objetos litúrgicos, digitalização do acervo e projeto de readequação litúrgica. Os espaços de uso do Santuário agora compreendem a igreja, o centro de interpretação, o café, a loja, o centro de documentação e o paisagismo cultural.

Entre as intervenções destacam-se ainda as medidas de acessibilidade, como: banheiros adaptados conforme normas técnicas, sinalização em braile, intérprete em libras nos vídeos, passarelas acessíveis no paisagismo e plataformas elevatórias para que todos os visitantes tenham acesso à Cela de São José de Anchieta e ao Centro de Documentação. Todo o roteiro textual do Centro de Intepretação terá traduções para o inglês e o espanhol, de modo a contemplar um escopo mais amplo de visitantes.

“A canonização do santo que dá nome ao monumento] cresceu e multiplicou o número de pessoas interessadas em São José de Anchieta, levando em conta toda sua devoção e interesse pelos aspectos artístico e cultural do monumento. O Santuário, então revitalizado, revigora a fé do povo no santo, aumenta a devoção. Também desperta o interesse turístico, artístico, cultural. Revitalizar o Santuário é restaurar para preservar e divulgar." Reitor do santuário, padre Nilson Maróstica.

Para a superintendente Elisa Taveira, as obras proporcionaram plena proteção e promoção a esse importante patrimônio jesuíta. “As intervenções permitirão democratizar o acesso às salas, promovendo a acessibilidade no local, e fomentarão o conhecimento do legado jesuíta na formação do nosso país com a criação dos Centros de Interpretação e de Documentação. Também possibilitarão restaurar e aflorar as belezas do conjunto arquitetônico que abriga a Igreja de Nossa Senhora da Assunção e a antiga residência dos jesuítas, tombado pelo Iphan desde 1943”, afirmou. Segundo ela, a conclusão desse projeto, realizado por uma equipe multidisciplinar, é uma ação exemplar para a preservação do Patrimônio Cultural Brasileiro.

“A riqueza arquitetônica, o conteúdo histórico e a rica história do Santo irão encantar e surpreender os visitantes”, comenta a presidente do Instituto Modus Vivendi, Erika Kunkel. “Temos certeza de que todo esse investimento promoverá um resultado muito positivo para Anchieta e para o Espírito Santo, atraindo um número ainda mais expressivo de fiéis e turistas ao local. Este projeto mudará a história da região, pois vai gerar efeito multiplicador no turismo e no desenvolvimento local a partir do uso da sua identidade cultural, da fé e da história de São José de Anchieta”, completou.

“É com enorme satisfação que apoiamos a restauração do Santuário Nacional de São José de Anchieta, trazendo o monumento de volta ao público. Ele é um dos mais antigos do país e parte da nossa história. O Instituto Cultural Vale tem a salvaguarda do nosso patrimônio material e imaterial dentre suas principais áreas de atuação por acreditar que eles constituem nossas múltiplas identidades e nossas formas de viver e conviver no mundo”, afirma Luiz Eduardo Osório, Vice-Presidente Executivo de Relações Institucionais e Comunicação da Vale e Presidente do Conselho do Instituto Cultural Vale.

Asimp/Iphan

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