Empresas familiares possuem grande representatividade no mercado nacional, diz pesquisa
A empresa familiar de hoje continuará sendo uma empresa familiar no futuro. A informação é resultado da pesquisa “Retratos de Família – Um Panorama Histórico e Perspectivas das Empresas Familiares Brasileiras”, apresentada na manhã da última terça-feira, 30, na ACIL, durante o 1º Encontro sobre Governança Corporativa e Empresas Familiares. O evento foi realizado pela KPMG e os dados coletados com o apoio do ACI Institute e do Board Leadership Center.
De acordo com Sebastian Soares, sócio-líder de Mercado Empreendedor e Empresas Familiares da KPMG, a pesquisa, que contou com 201 respondentes, avaliou vários critérios: perfil das empresas familiares participantes, os negócios da empresa familiar, financiamento do family business, estrutura de governança corporativa das empresas familiares, conselho de administração e seus comitês, diretoria executiva e perspectivas do family business.
A pesquisa destacou que 77% das empresas entrevistadas são controladas por uma única família. Outro dado importante é que 41% delas possui mais de 40 anos de atuação.
Sobre as principais preocupações da empresa familiar nos dias atuais, 58% responderam ser a incerteza política, 46% a redução na lucratividade, 45% responderam redução de vendas, 34% das empresas se preocupam com o aumento nos custos dos insumos básicos (energia, água e saneamento), 23% responderam o aumento dos custos trabalhistas, a preocupação para 20% das empresas é o acesso limitado ao financiamento, 14% temem as mudanças no ambiente regulatório e 12% colocaram como principais preocupações a disputa por talentos/retenção e desenvolvimento de talentos.
Já sobre os pontos fortes das empresas familiares, vale destacar que 54% responderam ser a marca forte e presença no mercado, 54% disseram ser a tomada de decisões rápida e flexível e 46% escolheram o atendimento ao cliente.
O trabalho concluiu que as empresas familiares possuem grande representatividade no mercado nacional, ainda que hajam poucas informações sobre elas. A estrutura de governança corporativa é cada vez mais importante em uma empresa familiar, uma vez que aumenta exponencialmente a quantidade de membros da família que dependem financeiramente de suas empresas. De maneira geral, segundo apresentado na pesquisa, “as empresas familiares brasileiras empenham-se em manter o negócio dentro do grupo familiar e pretendem caminhar para a profissionalização sem abrir mão do poder de decisão dentro de suas organizações e do seu controle”.
Sebastian Soares acrescentou que “o sucesso das empresas familiares depende de dois fatores: harmonia entre os membros da família e um bom acordo entre os acionistas. A governança corporativa, sozinha, não é suficiente para manter uma empresa familiar”. O sócio-líder da KPMG compartilhou, ainda, orientações sobre a sucessão, admissão, promoção e membros de empresas.
A pesquisa completa pode ser obtida aqui.
Asimp/Acil
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