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Eles fazem parte do encanto das celebrações de fim de ano. E não há como negar que trazem um colorido especial às comemorações, principalmente na virada do ano. Mas ao mesmo tempo em que trazem beleza ao espetáculo, um descuido pode transformar os fogos de artifício em vilões. É preciso atenção para não ver a festa terminar em tragédia.

O tema soa um tanto repetitivo, mas torna-se praticamente necessário diante do alerta dos médicos, que todos os anos veem milhares de pessoas se transformando em vítimas de acidentes com esses artefatos. O Paraná, por exemplo, ocupa a sétima posição na lista dos estados com maior número de acidentes nos últimos 10 anos, com 179 internamentos registrados. Em todo o país, foram 5.063 no período.

O dado consta do levantamento feito pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), em parceria com as Sociedades Brasileiras de Cirurgia de Mão (SBCM) e de Ortopedia e Traumatologia (SBOT), divulgado em junho. A pesquisa analisou as informações do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS).

O ortopedista Paulo Marcel Yoshii, especialista em cirurgia da mão, lembra que muitos destes casos causam a amputação de membros e até a morte. “Os dedos das mãos são os membros mais atingidos. Uma em cada dez pessoas que sofrem esse tipo de acidente têm de amputar o membro atingido. É uma questão que envolve a independência da pessoa, podendo deixá-la impossibilitada de trabalhar”, alerta o médico, da Clínica Ortovita, de Londrina.

As pessoas mais atingidas são homens na faixa etária de 15 e 50 anos, ou seja, parte da população economicamente ativa, e crianças entre 4 e 14 anos. “O alerta tem que ser recorrente, já que se trata também de um problema que afeta diretamente a economia”, destacou Yoshii, que é membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia da Mão.

Segundo ele, o número de atendimentos para acidentes com esse tipo de artefato chega a aumentar 30% nessa época do ano. “Um descuido pode custar muito caro. Não é raro a pessoa perder parte do braço. Os fogos também podem provocar queimaduras, lesões nos olhos e até surdez”, acrescenta o ortopedista.

O ideal é optar sempre por artefatos mais leves, silenciosos e que sejam certificados. Além de seguir corretamente as instruções de manuseio do produto. Outra orientação importante é adquiri-los em lojas especializadas, certificadas para a venda do produto. O uso do foguete deve ser feito por pessoas maior de idade, em área aberta, sem concentração de pessoas e edificações, longe de combustíveis e infláveis.

O que fazer?

As primeiras medidas são lavar as queimaduras com água fria ou soro fisiológico e envolver o membro atingido com um pano úmido, e em seguida procurar um hospital. “Nunca utilizar remédios caseiros ou outros produtos sem recomendação médica”, reforça. “O socorro correto pode minimizar as sequelas causadas pelos acidentes”, alerta o médico.

Dicas para soltar fogos de artifício:

- Participe de queimas de fogos públicas, pois são mais seguras;
- Só compre fogos de artifício em lojas especializadas e certificadas;
- Escolha artefatos menos explosivos e de fácil manuseio. Não se esqueça de conferir o certificado de garantia e validade do produto;
- Opte por artefatos que venham com a base de encaixe para ser fixados no chão.

Fonte: Sociedade Brasileira de Cirurgia da Mão (SBCM)

Rafael Souza/Asimp

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