Digite pelo menos 3 caracteres para uma busca eficiente.

A campanha visa incentivar a amamentação materna exclusiva até os seis meses de vida, contribuindo para o desenvolvimento e proteção da criança

Com o slogan Amamentação é a Base da Vida, a nova campanha de aleitamento, lançada na sexta-feira (27), em alusão à Semana Mundial da Amamentação (1° a 7 de agosto), reforça a importância do leite materno para o desenvolvimento das crianças até dois anos e exclusivo até os seis meses de vida, orientação preconizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Além de reduzir em 13% a mortalidade por causas evitáveis em crianças menores de cinco anos, a amamentação materna também reduz casos de diarreia, infecções respiratórias, hipertensão, colesterol alto, diabetes e obesidade.

Para o ministro da Saúde, Gilberto Occhi, é preciso incentivar a amamentação assim como a doação de leite também. “Quanto mais tempo as crianças são amamentadas, mais elas adquirem resistência às doenças. A mulher que amamenta tem benefícios para sua saúde. Peço que as mães além de amamentar, que também doe leite, que é fundamental para crianças que necessitam de leite materno. Estamos trabalhando para ampliar o número de salas de amamentação nas empresas e dentro dos nossos serviços de saúde”, destacou o ministro.

Entre as principais dificuldades para a amamentação exclusiva, atualmente, estão o posicionamento incorreto, insegurança quanto à quantidade de leite produzido, introdução de chupetas e mamadeiras, falta de apoio da família e retorno ao trabalho. Por este motivo, a campanha é um importante instrumento para sensibilizar a sociedade quanto aos benefícios do leite materno no desenvolvimento saudável da criança. Segundo OMS e UNICEF, cerca de seis milhões de crianças são salvas a cada ano com o aumento de taxas da amamentação exclusiva até o sexto mês de vida.

A atriz Sheron Menezzes e o seu marido Saulo Bernard são os padrinhos da campanha, que reforça a importância do leite materno para o desenvolvimento e a proteção da criança até os dois primeiros anos de vida ou mais. “Amamentação é um assunto que precisa ser levado muito a sério. Eu amamentei até o sexto mês de forma exclusiva e pretendo continuar até os dois anos. A mulher não precisa ter vergonha de amamentar, pois além de ser importante para a formação do bebê é um ato de amor”, reforçou Sharon Menezzes.

O Brasil tem o tema do aleitamento materno como uma agenda prioritária, investe em ações de saúde pública para garantir uma melhor assistência às mães e bebês, inclusive na regulamentação de leis que promovem e protegem o aleitamento materno contra o marketing abusivo de produtos que interferem na amamentação. Uma das principais iniciativas do Ministério da Saúde é incentivar empresas, públicas e privadas, a criarem salas de apoio à amamentação. Atualmente, o país possui 216 salas certificadas pelo Ministério da Saúde em todo o país, em instituições públicas e privadas, com capacidade de beneficiar cerca de 140 mil mulheres.

A ação surgiu em 2010, com o objetivo de apoiar a mulher que retorna da licença-maternidade e deseja continuar amamentando o filho. As Salas de Apoio à Amamentação são locais simples e de baixo custo para as empresas, onde a mulher pode retirar o leite durante a jornada de trabalho e armazená-lo corretamente para que ao final do expediente possa levá-lo para casa e oferece-lo ao bebê.

O representante da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/OMS) no Brasil, Joaquín Molina, ressaltou a importância dos países envolvidos na Semana Mundial de Amamentação incentivarem o aleitamento materno. “O leite materno é um recurso natural capaz de preservar e melhorar a saúde, combater a pobreza e as desigualdades, melhorar a produtividade no trabalho, empoderar as mulheres e proteger a biodiversidade. Funciona como a primeira vacina de um bebê e dá a ele todo o alimento que precisa. A OPAS reafirma o seu apoio ao Brasil no enfrentamento das barreiras que dificultam o livre acesso às medidas de proteção e garantia ao aleitamento materno adequado”.

Licença-Paternidade

Em 2017, o Ministério da Saúde lançou documento para orientar pais e empresas sobre o benefício da licença-paternidade estendida. Pelo novo Marco Legal da Primeira Infância (Lei nº 13.257/2016), os pais podem prorrogar de cinco para 20 dias o período de licença.   A partir do documento elaborado pelo Ministério da Saúde, para que as empresas, dentro do Programa Empresa Cidadã, concedam o benefício. Os pais podem entregar os seguintes comprovantes: declaração do profissional de saúde informando a participação do pai no pré-natal, em atividades educativas durante a gestação ou visita à maternidade.

Hospital Amigo Da Criança

A iniciativa tem como objetivo diminuir a mortalidade infantil por meio do estímulo à prática da amamentação, além de mobilizar e capacitar profissionais de saúde na atenção ao aleitamento materno, buscando evitar o desmame precoce. Atualmente, o país possui 324 hospitais Amigos da Criança.

No Brasil, 67,7% das crianças mamam na primeira hora de vida e a duração média 
do aleitamento exclusivo é de 54 dias. Aproximadamente 41% das crianças menores de seis meses tiveram alimentação exclusivamente por leito materno no país.

Nicole Beraldo/Agência Saúde

#JornalUnião

Utilizamos cookies e coletamos dados de navegação para fornecer uma melhor experiência para nossos usuários. Para saber mais os dados que coletamos, consulte nossa política de privacidade. Ao continuar navegando no site, você concorda integralmente com os termos desta política.