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Em evento organizado pelo Itamaraty, o ministro Fábio Faria destacou que o Brasil só produz 10% do consumo interno de chips e que a chegada do 5G vai demandar fabricação ainda maior

O ministro das Comunicações, Fábio Faria, comentou o panorama nacional e internacional da produção de semicondutores (chips) no seminário “A Cadeia Internacional de Semicondutores e o Brasil”, organizado pelo Ministério das Relações Exteriores (MRE) e a Fundação Alexandre Gusmão, na quarta-feira (27), em Brasília/DF.

Faria destacou que o País só produz 10% do consumo brasileiro de semicondutores e nenhum deles, atualmente, serve para a tecnologia 5G. “Quanto menos nanômetro (unidade usada para medir as dimensões em microchip, equivalente a 1 bilionésimo de 1 metro), maior a inteligência. O menor chip que já conseguimos fabricar foi o de 180 nanômetros - para identificação de passaporte - enquanto um chip para 5G é de apenas 10 nanômetros”, explicou.

De acordo com o ministro, 100% dos chips voltados para a quinta geração de dados móveis são, hoje, fabricados na Ásia: 92% em Taiwan e 8% na Coreia do Sul. Faria também acrescentou que carros “comuns” precisam de 1.000 chips para abarcar as atuais tecnologias, enquanto carros da Tesla, que faz veículos elétricos e mais modernos, chegam a precisar de 10 mil chips, ou seja, quanto maior a tecnologia, maior a necessidade de uso de semicondutores.

O ministro das Comunicações ressaltou que o Brasil tem tudo para ser um hub do setor, já que tem potencial como player, visto que é o maior país da América Latina, e o primeiro a implementar a tecnologia 5G, além de estar localizado próximo à África e à Europa. “Mas é preciso somar esforços e atrair parcerias internacionais”, acrescentou Faria.

O ministro das Relações Exteriores, Carlos Alberto França, endossou o discurso do ministro das Comunicações e destacou que, há 200 anos, o Itamaraty defende a soberania nacional, por isso, mantém diálogo permanente com outras pastas, como o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), e o Ministério da Economia (ME), e o setor produtivo para a criação de políticas que possam fortalecer a fabricação brasileira de chips.

O embaixador elogiou a participação do ministro das Comunicações no seminário. “O ministro Fábio Faria demonstra a preocupação do Governo Federal sobre a cadeia de semicondutores como um todo". França comentou, ainda, sobre a tendência acentuada de crescimento da economia digital que, hoje, já corresponde a 22% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial, e os semicondutores representam o papel central dessa economia.

Asimp/Ministério das Comunicações

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