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Com mais de 2 milhões de profissionais em todo o Brasil, 106,9 mil deles no Paraná, especialista em educação profissional da área da saúde explica que profissionais participam inclusive de pesquisas científicas

Com o início da pandemia de Covid-19, vários serviços foram considerados essenciais à sociedade, aqueles que não podem ser paralisados durante a quarentena. Neste cenário, algumas áreas de atuação também consideradas essenciais têm fortalecido cada vez mais o seu papel na sociedade. É o caso do profissional de enfermagem, que tem rompido barreiras e se arriscado para cumprir a missão de atender os pacientes e suas famílias. Considerados importantes protagonistas no combate ao novo coronavírus, esta semana todos nós temos mais um motivo para reconhecer a importância destes trabalhadores: o Dia Mundial da Enfermagem e do Enfermeiro, comemorado em 12 de maio.

Somente no Brasil, são quase 2,3 milhões profissionais da área, de acordo com o Conselho F edera l de Enfermagem . Entre eles, estão enfermeiros, auxiliares e técnicos de enfermagem, responsáveis por lidar com pacientes de básica, média e alta complexidade, tanto na rede pública quanto na privada, com uma pluralidade de funções e atividades. No estado Paraná, este número é de 27,2 mil profissionais. "Além de atuar nas unidades hospitalares e de terapia intensiva, cuidando de pacientes entubados, em estados graves e nas unidades básicas de saúde, o enfermeiro também têm papel importante nas pesquisas científicas, entre elas os estudos contra o novo coronavírus. Por exemplo, profissionais da saúde brasileiros integram um consórcio internacional com mais de 26 países e estão contribuindo com pesquisas acerca do impacto psicológico que a pandemia causa na população e nesses trabalhadores", afirma a professora de enfermagem da Unopar do Piza, Camila da Veiga Sambatti, especialista em educação profissional na área da saúde.

A especialista explica que mesmo na área hospitalar, a atuação profissional é mais ampla do que muita gente pensa. "Enfermeiros atendem os pacientes em todas as suas necessidades, desde curativos, banho e higiene, encaminhamento para exames, procedimentos, cuidados com a medicação, monitorização e vigilância do estado de saúde. Se houver qualquer mudança, ele faz a ponte com o médico de plantão e também com outros especialistas caso seja necessário, como por exemplo o assistente social. Além de fazer a gestão de sua equipe, o profissional pode ocupar diversos cargos e, ainda na graduação, desenvolverá habilidades necessárias para atuar em diferentes áreas, principalmente aquelas de maior complexidade técnica, que estão bastante exigidas durante a pandemia que estamos vivendo", completa.

Nos últimos meses, considerando o cenário da saúde no Brasil, os enfermeiros têm se destacado principalmente pela prestação de assistência aos pacientes em estado grave em setores como UTIs (unidades de terapia intensiva) e UPAs (unidades de pronto atendimento). São esses especialistas que acompanham os pacientes durante todo o tempo, colaborando na detecção e avaliação dos casos suspeitos, ao decorrer de todo o tratamento e recuperação.

Por lidar em sua maioria com equipes multidisciplinares, o enfermeiro precisa desenvolver uma série de habilidades. "É fundamental ter pensamento organizado, crítico e reflexivo para analisar, planejar e atuar em cada situação. Também desenvolvemos rapidamente um olhar muito humano, pois estamos presentes desde antes do nascimento do indivíduo, realizando o pré-natal, auxiliando no parto e atuando em todas as fases da vida. Nosso trabalho é focado na gestão do cuidado das pessoas, crianças, adultos e idosos", reforça Camila. Na Unopar do Piza, a graduação é voltada para a formação integral dos estudantes, por meio de conteúdos na sala de aula e estágios obrigatórios, supervisionado por professores, que apoiam a construção de uma ampla visão da realidade social brasileira e formam os profissionais para que eles possam, assim, contribuir para a ampliação do acesso da população à saúde.

Victor Lopes/Asimp

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