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No último final de semana, em Curitiba (PR), um vereador da cidade com um grupo de manifestantes invadiu a Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, no centro histórico da capital, interrompendo uma celebração para um ato de manifesto reivindicava a apuração da morte de Moïse, que ocorreu no Rio de Janeiro (RJ).

Invadir um espaço sagrado católico ou não é no mínimo um ato de desrespeito, imoral e também criminoso. Dados mais recentes do Ministério dos Direitos Humanos através do Disque 100, entre 2015 e 2017, mostram que católicos e protestantes são vítimas de 1,8% e 3,8% das denúncias de intolerância religiosa, respectivamente. As denúncias relativas a fiéis do candomblé e da umbanda somam 25% do total. Em contrapartida, segundo pesquisa Datafolha de dezembro do ano passado, os católicos são 50% da população brasileira. Os evangélicos, 31%, e os adeptos de religiões de matriz africana, 2%.

 “Temos que nos unir ao lembrar que fomos feitos a imagem e semelhança de Deus tendo mesma alma, origem, natureza e igual dignidade. É nossa obrigação repudiar tais atitudes e dizer um basta a intolerância religiosa”, afirma Padre Reginaldo Manzotti.

Papa Francisco refletiu sobre perseguição religiosa em seu vídeo de janeiro: "Como é possível que hoje muitas minorias religiosas sofram discriminação ou perseguição? Como permitimos que nesta sociedade altamente civilizada existam pessoas que são perseguidas simplesmente por professar publicamente sua fé? Isso não só é inaceitável, é desumano, é insano.” 

Garantir a liberdade religiosa está além de garantir somente a liberdade de culto. Mas sim, valorizar as diferenças e reconhecermo-nos como irmãos. 67% da população mundial vive em países onde o direito à liberdade religiosa é negado.

A Igreja Católica já deu passos importantes na declaração Dignitatis Humanae, sobre a liberdade religiosa, aprovada pelo Concílio Vaticano II no dia 07 de dezembro de 1965. O documento afirma, em suas primeiras linhas, que a pessoa humana tem direito à liberdade religiosa e sublinha que deve ser assegurado por todas as nações.

Na Encíclica Fratelli Tutti do Papa Francisco também ressalta que: “O perdão e a reconciliação são temas de grande relevo no cristianismo e, com várias modalidades, noutras religiões. O risco reside em não entender adequadamente as convicções dos crentes e apresentá-las de tal modo que acabem por alimentar o fatalismo, a inércia ou a injustiça, e, por outro lado, a intolerância e a violência.”. O Santo Papa também nos mostra que Jesus Cristo nunca incentivou e fomentou a violência ou a intolerância, pelo contrário, sempre condenou o uso da força ao se impor aos outros: “Sabeis que os chefes das nações as governam como seus senhores, e que os grandes exercem sobre elas o seu poder. Não seja assim entre vós” (Mt 20, 25-26).

Precisamos, urgentemente, falar sobre intolerância religiosa, suas causas e consequências na sociedade e claro, de forma aprofundada e promovendo o respeito a diversidade religiosa no Brasil e no mundo. 

Padre Reginaldo Manzotti - Sacerdote, escritor, músico, compositor, cantor e apresentador de rádio e TV, o padre Reginaldo Manzotti ao completar 25 anos de sacerdócio, decidiu se reinventar e inovar mais uma vez em prol da evangelização. Antenado com as mídias digitais, o sacerdote tem 7.3 milhões de seguidores no Facebook, 4 milhões de seguidores no Instagram, 3 milhões de pessoas inscritas em seu canal do YouTube, 705 mil seguidores no Twitter e 221 mil em seu canal Vevo. Seu portal, www.padrereginaldomanzotti.org.br, recebe mais de 1 milhão de acessos mês. Sacerdote que evangeliza pelos meios de comunicação, o padre apresenta programas de rádio e televisão que são retransmitidos e exibidos em mais de 1680 emissoras do país, além de outros países como: Inglaterra, Estados Unidos, Portugal, Espanha, Angola, Paraguai, Bolívia e Uruguai.

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