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O Amor é mais forte do que a morte;
O fogo ardente do amor é uma chama divina!
Toda a água dos oceanos não seria suficiente
para apagar o fogo do amor.” (Can 8,6-7a)

Muitos jovens se questionam: “Por que ficar juntos quando o amor acabou?”. É uma boa pergunta, mas não será, antes, possível procurar a maneira de evitar que as dificuldades da vida apaguem a chama do nosso amor?

É verdade que assumir, logo de início, as atitudes de casal – relações sexuais, vida em comum etc – tem como efeito impedir, muitas vezes, o aprofundamento do amor, interromper a sua construção, viciar a sua verificação.

Quem é o outro, aquele ou aquela que eu amo? Quem sou eu mesmo hoje, que dom profundo estou apto a dar? Descobrir-se, conhecer-se antes de decidir uma aliança e de se unir. O amor não é só o fogo do sentimento, não é só o flash de uma paixão. O amor é um fogo que deve resistir aos caprichos dos ventos e aos tornados dos temporais.

Esse amor é possível, e nós podemos decidi-lo e realizá-lo. Como?

O amor não se reduz à impressão que tenho de amar ou de já não amar. É essa decisão recíproca que faz o elo do amor.

Será, então, que o amor não se desgasta também?

Pode se desgastar e pode não se desgastar. Isso depende muito de como nos amamos e continuamos a amar. Não há fatalidade: um filho de um divorciado não está condenado a divorciar-se. Ele é como todo homem, uma pessoa única, capaz de amar e de ser amado. Pode construir uma relação, aprofundar um amor, perdoar e ser perdoado.

Como pode o amor não se desgastar?

Fazendo-o crescer. Amar não é só ter relações físicas ou sorrir quando se acha o outro amável. Fazer crescer o amor é amar: querer o bem do outro, ver tudo o que ele faz de bem e não somar tudo o que ele faz de mal. É procurar dar prazer ao outro. Dar gratuitamente.

Para fazer crescer o amor é preciso enxertar o amor no amor: “Não faço o bem que quero, mas faço o mal que não quero” (Rm 7,19).

É o pecado? O casamento e o amor, quando da criação por Deus do homem e da mulher, não se dissociavam. Depois do pecado original, já não podemos dizer que se trata da mesma coisa. Se quisermos ouvir as explicações que Deus nos propõe, compreenderemos que é o pecado original que impede essa associação casamento/amor (ver Q 31). É a nossa tendência para fazer o mal, para o pecado. E isso desgasta o amor com discussões, raivas, faltas de atenção ao outro e egoísmos.

Deus não nos condena a ficarmos fechados no fracasso do pecado original. Ele nos propõe, respeitando sempre a nossa liberdade, voltarmos a nos apoiar no amor, reconhecermos as nossas faltas e aceitarmos ser recriados de novo. Receber de novo essa chama de Deus, que é Amor.

O sacramento do matrimônio dá-nos essa capacidade de renovar o amor bebendo da fonte, que é o Amor (ver Q 15).

Fonte: Comunidade Shalom

#JornalUnião

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