Digite pelo menos 3 caracteres para uma busca eficiente.

Francisco exortou União Católica da Imprensa Italiana a promover um jornalismo capaz de distinguir o bem do mal

O Papa Francisco recebeu em audiência, ontem, 23, na Sala Clementina, no Vaticano, a União Católica da Imprensa Italiana, por ocasião de seu 60º aniversário de fundação. O Santo Padre encorajou os membros da entidade a levar adiante a missão de ser “uma associação profissional e eclesial que se inspira no serviço às pessoas, no Evangelho e no Magistério da Igreja”, conforme escrito em seu Estatuto.

Para renovar sua harmonia com o magistério da Igreja, o Papa convidou a União Católica da Imprensa Italiana “a ser voz da consciência de um jornalismo capaz de distinguir o bem do mal, as escolhas humanas das desumanas”. “O jornalista, que é o cronista da história, é chamado a reconstruir a memória dos fatos, a trabalhar pela coesão social, a dizer a verdade a todo custo: há também uma parresia do jornalista, respeitosa e não arrogante”, sublinhou.

“A comunicação precisa de palavras verdadeiras no meio de tantas palavras vazias. Nisso vocês têm uma grande responsabilidade: as suas palavras contam o mundo e o modelam, as suas histórias podem gerar espaços de liberdade ou de escravidão, de responsabilidade ou dependência do poder. Vocês aprenderam de seus antecessores que somente com o uso de palavras de paz, justiça e solidariedade, que se tornaram críveis por um testemunho coerente, é possível construir sociedades mais justas e solidárias. Infelizmente, é verdade também o contrário”, alertou.

Segundo Francisco, na era da internet, a tarefa do jornalista é identificar as fontes críveis, contextualizá-las, interpretá-las e hierarquizá-las e citou como exemplo: “Uma pessoa que morre de frio na rua não vira notícia, mas se caem dois pontos na Bolsa de valores todas as agências falam disso”. “Não tenham medo de inverter a ordem das notícias para dar voz a quem não tem, de contar boas notícias que criam amizade social; de construir comunidades de pensamento e de vida capazes de ler os sinais dos tempos”, exortou.

O Papa agradeceu aos membros da União Católica da Imprensa Italiana por trabalhar para isso, com documentos como o Laudato si, que não é uma encíclica ecológica como mencionou o Pontífice, e sim social. ” [A Laudato si] promove um novo modelo de desenvolvimento humano integral: vocês contribuem para torná-lo uma cultura partilhada, em alternativa aos sistemas que obrigam a reduzir tudo ao consumo”.

Por fim, Francisco convidou a entidade a seguir o exemplo de Manuel Lozano Garrido, primeiro jornalista leigo beatificado em 2010, que viveu nos tempos da Guerra Civil Espanhola, período em que ser cristão significava arriscar a vida.

(Canção Nova/com Vatican News)

#JornalUnião

Utilizamos cookies e coletamos dados de navegação para fornecer uma melhor experiência para nossos usuários. Para saber mais os dados que coletamos, consulte nossa política de privacidade. Ao continuar navegando no site, você concorda integralmente com os termos desta política.