Comitê discute situação da dengue em Ibiporã
O Comitê Gestor Integrado de Dengue, formado por membros do poder público e sociedade civil, reuniu-se na última quinta-feira (22) na Prefeitura Municipal de Ibiporã para tratar da prevenção da doença e situação da dengue no município. Participaram da reunião o prefeito José Maria Ferreira, a secretária municipal da Saúde, Leilaine Furlaneto, secretários, servidores municipais das Secretarias de Saúde e Educação, agentes de endemias e Ordem dos Ministros Evangélicos de Ibiporã (OMEI).
O responsável pelo Setor de Endemias, Luiz Augusto Loredo, apresentou aos convidados o sistema organizacional do serviço de combate à dengue em Ibiporã. “Atualmente, temos 28 agentes de endemias fazendo o trabalho de campo, com visitas às residências, remoção manual dos criadouros, aplicação de larvicida e orientações sobre a importância de manter os quintais limpos, fazendo o descarte correto dos materiais recicláveis e evitando o acúmulo de água. Até agora 37 mil imóveis foram visitados em dois ciclos de trabalho. Pela primeira vez conseguimos fechar o primeiro ciclo nos dois primeiros meses do ano”, informou Loredo. Cada imóvel é visitado seis vezes ao ano.
De acordo com Loredo, nos bairros com maior número de casos registrados (Jardim San Rafael, Bom Pastor, Santa Paula, Vila Beatriz e Vila Esperança) as ações de prevenção e combate à dengue também incluem panfletagem, ações educativas em escolas, empresas e instituições, mutirões de limpeza, bloqueio da transmissão viral em residências com notificações, aplicação de inseticida com UBV costal e pesada (fumacê). “Foram realizados 684 bloqueios e a aplicação de 197 litros de inseticidas”, expôs o coordenador.
Contudo, aponta Loredo, apesar da intensificação das ações de combate ao mosquito Aedes aegypti, a conclusão dos dois primeiros ciclos antes do prazo previsto, a redução do Levantamento Rápido do Índice de Infestação de Aedes aegypti (LIRAa), e um começo do ano menos chuvoso, o município enfrenta novamente uma epidemia da doença, tendo registrado, até o dia 22 de maio, 1055 casos notificados com 277 confirmações, segundo levantamento do Setor de Epidemiologia. Estima-se que a cada notificação, outras 10 pessoas estejam doentes. “Costumo dizer que a dengue é complexa, porque não estamos combatendo apenas uma doença grave, mas o DNA de um mosquito cada vez mais forte e resistente aos inseticidas e com alto poder de adaptação a mudanças climáticas. Por isso a necessidade de um planejamento consciente e a implementação de ações eficazes”, ponderou.
A secretária de Saúde e o prefeito José Maria ressaltaram a necessidade da atuação conjunta entre poder público e sociedade civil para reverter a situação. “De nada adianta o poder público se esforçar para combater o mosquito, se cada um não fizer a sua parte, limpando o seu quintal e realizando o descarte correto do lixo. Gostaria que os aqui presentes transmitissem as orientações às suas áreas de atuação. Juntos somos mais fortes contra a dengue”, assinalaram.
O pastor José Vilande parabenizou o trabalho da Administração Municipal na prevenção e combate à dengue. “Vimos que o poder público não está omisso. Mas a situação é complexa e a população precisa se responsabilizar. Estamos à disposição para auxiliar no que for preciso”, afirmou.
Os convidados receberam panfletos e cartazes para serem distribuídos na comunidade.
Previna-se contra a dengue:
Mantenha seu quintal limpo e sem lixo;
Use repelente;
Não deixe o corpo exposto, use roupas que protejam braços e pernas;
Use inseticida dentro de casa durante o dia, principalmente atrás dos móveis e em cantos escuros;
Instale telas nas janelas para evitar que o mosquito entre;
Mantenha as portas fechadas;
Lave a vasilha de água dos animais pelo menos uma vez por semana com água corrente, bucha e sabão;
Jogue no lixo tudo o que acumula água. Ex.: tampas de garrafas, cascas de ovos, latas, copos descartáveis, plástico de cigarro, etc;
Evite plantas que acumulam água, como as bromélias. Sempre coloque areia nos pratos de todos os vasos de plantas;
Tire folhas, galhos e tudo que possa impedir a passagem da água pelas calhas;
Deixe sempre a caixa d"agua fechada.
(Fonte: Secretaria Municipal de Saúde/Núcleo de Comunicação Social - PMI )
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