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Maior tempo em casa pode ser aproveitado para eliminar focos de água parada e, assim, evitar a proliferação do mosquito da dengue

Assim como o enfrentamento ao novo coronavírus, a população não pode esquecer o combate a uma outra grave doença que, ao contrário da Covid-19, é  muito conhecida de todos, também mata, e, em Ibiporã, tem apresentado números assustadores – a dengue.

Segundo o último boletim epidemiológico divulgado no dia 25 de março pela Vigilância Epidemiológica, Ibiporã registrou no período epidemiológico de 28 de julho de 2019 a 25 de março de 2020 5.324 casos da doença, sendo 1.451 positivos, 1127 descartados e 2.746 ainda não foram encerrados. A incidência de casos é de 2.771,41/100.000 habitantes, estando o município em epidemia de dengue. A epidemia é confirmada depois que a cidade aponta, proporcionalmente, mais de 300 casos por 100 mil habitantes.

A título de comparação, em 2019, nesta mesma época, eram apenas cinco casos confirmados de dengue em Ibiporã, com 356 notificações.

No Paraná, os números também são assustadores. Conforme o último boletim da Secretaria da Saúde do Paraná (Sesa), divulgado terça-feira (31/03), o Estado registra 69 óbitos confirmados. São 12 mortes a mais que o informe anterior. São 87.900 casos confirmados de dengue, com um acréscimo de 14,67% em relação à semana anterior. São 11.245 mil novos casos confirmados. O Estado soma 204.807 notificações para dengue e 364 municípios atingidos. Na situação de epidemia de dengue, estão 177 cidades e em situação de alerta, estão 32.

Quarentena e limpeza do quintal

Como 99% dos focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya se encontram nos domicílios, a orientação é que os moradores aproveitem este momento de quarentena, no qual a maioria está em casa, para se dedicar por alguns minutos diários para a verificação de suas casas e quintais, eliminando os focos de água parada. “O combate à dengue consiste em ações diárias, que contam com os esforços e atitudes diárias de cada cidadão, mantendo a limpeza dos quintais e a higiene das casas”, ressalta o coordenador de Endemias, Aldemar Galassi.

Atuação do Município

Por conta da epidemia da Covid-19, como medida preventiva, as visitas domiciliares dos agentes de endemias estão temporariamente suspensas. Contudo, informa Galassi, o setor mantém os serviços de monitoramento nos pontos estratégicos (cemitério; ferros-velhos e borracharias) e atendimento às denúncias da população. “As visitas domiciliares dos agentes foram suspensas, por hora, para evitar qualquer possível contágio do novo vírus, levando em consideração que nossos servidores visitam centenas de residências diariamente, o que pode ocasionar uma possível disseminação do coronavírus”, justifica o coordenador de Endemias.

Por conta da pandemia, neste período também está suspenso o “Bota Fora”, programa da Secretaria Municipal de Obras que recolhe materiais sem serventia, tais como móveis, eletrodomésticos, material reciclável e entulhos em pequenas quantidades. Por isso, o pedido é que os moradores não descartem esses materiais nas calçadas, canteiros e espaços irregulares.

Vale ressaltar que continuam vigentes as sanções para pessoas que dificultarem o combate à eliminação do vetor. “Nos estabelecimentos de maior complexidade ou acúmulo de materiais criadouros de mosquito, o proprietário do imóvel em questão será notificado para que, em até 72 horas providencie as ações necessárias a eliminar os focos e, em caso de descumprimento, será punido com multa no valor de R$ 70,00 a R$ 350,00, exigida em dobro na reincidência, nos termos do artigo 16, da lei Municipal nº. 2.206 de 10 de setembro de 2008” (Código de Posturas do Município de Ibiporã)”, determina o decreto nº10, de 17 de janeiro de 2020.

Veneno

De acordo com Aldemar Galassi, a 17ª Regional de Saúde informou que o Cielo, novo inseticida que será utilizado no lugar do malathion para o combate ao mosquito alado no país, já chegou ao Brasil e o Ministério da Saúde começará a distribuir em breve para os estados.

O novo inseticida é composto por imidacloprido (neonicotinóide) e praletrina (piretróide). Os princípios ativos são diferentes do malathion pois vem pronto para uso em Ultra Baixo Volume (UBV) que é popularmente conhecido como “fumacê”.

Sintomas

A orientação da Secretaria Municipal de Saúde é que aos primeiros sintomas de dengue (febre alta, dores articulares, musculares e de cabeça, manchas avermelhadas na pele e indisposição), e chikungunya (febre, dor de cabeça, mal estar, dores pelo corpo e muita dor nas juntas) a pessoa se dirija à Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima de sua residência para que o diagnóstico inicial e a notificação sejam feitos. Normalmente, os sinais de alarme ocorrem entre o terceiro e quinto dia, esse é o chamado período crítico para dengue. Tratado com hidratação e medicação sintomática corretamente, a maioria dos casos evolui para cura.

Faça a sua parte!

Garrafas PET e de vidro: As garrafas devem ser embaladas e descartadas corretamente na lixeira, em local coberto ou de boca para baixo;

Lajes: Não deixe água acumular nas lajes. Mantenha-as sempre secas;

Ralos: Tampe os ralos com telas ou mantenha-os vedados, principalmente os que estão fora de uso;

Vasos sanitários: Deixe a tampa sempre fechada ou vede com plástico;

Piscinas: Mantenha a piscina sempre limpa. Use cloro para tratar a água e o filtro periodicamente;

Coletor de água da geladeira e ar-condicionado: Atrás da geladeira existe um coletor de água. Lave-o uma vez por semana, assim como as bandejas do ar-condicionado;

Calhas: Limpe e nivele. Mantenha-as sempre sem folhas e materiais que possam impedir a passagem da água;

Cacos de vidros nos muros: Vede com cimento ou quebre todos os cacos que possam acumular água;

Baldes e vasos de plantas vazios: Guarde-os em local coberto, com a boca para baixo;

Plantas que acumulam água: Evite ter bromélias e outras plantas que acumulam água, ou retire semanalmente a água das folhas;

Suporte de garrafão de água mineral: Lave-o sempre quando fizer a troca. Mantenha vedado quando não estiver em uso;

Falhas nos rebocos: Conserte e nivele toda imperfeição em pisos e locais que possam acumular água;

Caixas de água, cisternas e poços: Mantenha-os fechados e vedados. Tampe com tela aqueles que não têm tampa própria;

Tonéis e depósitos de água: Mantenha-os vedados. Os que não têm tampa devem ser escovados e cobertos com tela;

Objetos que acumulam água: Coloque num saco plástico, feche bem e jogue corretamente no lixo;

Vasilhas para animais: Os potes com água para animais devem ser muito bem lavados com água corrente e sabão no mínimo duas vezes por semana;

Pratinhos de vasos de plantas: Mantenha-os limpos e coloque areia até a borda;

Objetos d’água decorativos: Mantenha-os sempre limpos com água tratada com cloro ou encha-os com areia. Crie peixes, pois eles se alimentam das larvas do mosquito;

Lixo, entulho e pneus velhos: Entulho e lixo devem ser descartados corretamente. Guarde os pneus em local coberto ou faça furos para não acumular água;

Lixeira dentro e fora de casa: Mantenha a lixeira tampada e protegida da chuva. Feche bem o saco plástico.

Caroline Vicentini/NCPMI

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