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Garantir mais acessibilidade para que as pessoas com deficiência tenham o direito de ir e vir com segurança e autonomia é um dos desafios que mobiliza diversas entidades do município.

O Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência decidiu tratar sobre o assunto em um de seus encontros mensais, depois de constantes relatos de pessoas com deficiência visual, auditiva e física a respeito das dificuldades em se locomover pelas ruas de Ibiporã, principalmente na região central, onde o acúmulo principalmente de mercadorias das lojas nas calçadas era grande.

 A reunião do Conselho, realizada no dia 20 de agosto, contou com a presença da Promotora de Justiça Amarílis Picarelli Cordioli; do presidente da Associação Comercial e Empresarial de Ibiporã (Aceibi), Mohamad El Kadri; do vice-presidente administrativo da Aceibi, Leopoldo Frederique Semprebom; além de representantes da Associação de Pais e Amigos dos Deficientes Visuais (Apadevi), Associação de Pais e Amigos dos Surdos (Apasi) e Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Ibiporã (Apae). Um fiscal do setor de Tributação da Prefeitura também participou e explicou como funciona o processo do encaminhamento de notificações. Um servidor da Secretaria de Obras falou sobre a legislação aplicada na promoção da acessibilidade.

Após a discussão sobre os obstáculos e  barreiras encontrados nas ruas e calçadas da cidade, que dificultam a locomoção das pessoas com deficiência, o Conselho elaborou uma correspondência para relatar o problema e sensibilizar os comerciantes. Essa correspondência foi encaminhada a Aceibi, que repassou aos lojistas. Através da medida, muitos comerciários colaboraram e retiraram produtos expostos nas calçadas. Além disso, o Conselho fez um levantamento dos estabelecimentos comerciais que estavam irregulares, repassou à Promotoria, que encaminhou para a Prefeitura e que posteriormente notificou às lojas.

A presidente do Conselho, Aline Maria Tonin Leoni, disse que a garantia da acessibilidade é uma questão importante não apenas às pessoas com deficiência, mas para toda a população. "Recebíamos muitas reclamações dos nossos alunos que tinham dificuldade em transitar nas calçadas, devido a tantas mercadorias como roupas, geladeiras, móveis, que os comerciantes colocavam de forma errada. Por isso sentimos a necessidade de debater o assunto", contou.

Aline comentou que embora haja alguns problemas, o comércio se sensibilizou e aderiu à causa. "Ainda existe comerciante que continua colocando os produtos nas calçadas, mas o número diminuiu bastante. Estamos agradecidos e contentes com a colaboração dos lojistas e pedimos que eles continuem com a medida. Afinal, vias em condições intransitáveis prejudicam não só as pessoas com deficiência, mas as gestantes, idosos, pessoas com carrinho de bebê", exemplificou.

Ela fez um alerta quanto à necessidade em se cumprir as normas de acessibilidade e o respeito aos direitos da pessoa com deficiência. "É fundamental o respeito à legislação e existem ações simples, como não colocar pisos lisos nas calçadas, o ideal são os pisos ásperos; não instalar lixeiras próximo aos muros ou portões, mas colocá-las próximo às ruas, além da conscientização de que a calçada é para trânsito dos pedestres", afirmou.

O presidente da Aceibi, Mohamad El Kadri, disse que a associação se sensibiliza com a iniciativa, pela acessibilidade ser um direito de todos e apóia o poder público na fiscalização.

Núcleo de Comunicação Social/PMI

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