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Com abate diário de mais de 3 mil suínos, grupo  agora concentra o processamento de todos os subprodutos gerados

O RPF Group – quarto maior produtor paranaense de proteína suína, com abate diário de 3,1 mil cabeças – iniciou no último mês de novembro a operação de uma nova unidade para processamento de  subprodutos   e está em fase final da construção de  uma fábrica de banha.

O investimento do grupo nessas  ampliações  é de aproximadamente R$ 20 milhões, com geração de 30 novos postos de trabalho, segundo informa o gerente industrial Saulo Clímaco.

A fábrica de farinha e óleo para alimentação animal, também chamada de graxaria,  tem capacidade para processar 50 toneladas por dia de matéria-prima -  que envolve tudo o que o frigorífico gera de subprodutos, incluindo sangue, ossos, carne e vísceras –, transformada em  componentes para ração animal.

 “É uma fábrica totalmente automatizada, que processa os subprodutos gerados nas nossas unidades de Ibiporã e de Bocaiúva do Sul. Até então, esse material era comercializado para processamento”, explica Clímaco.

 “Com essa operação, o  RPF Group fecha todo o ciclo produtivo da cadeia suína, tendo total domínio da qualidade em cada etapa da produção”, ressalta o gerente industrial, complementando que a empresa atua diretamente desde a coleta e avaliação do sêmen até a terminação dos animais, oferecendo todos os insumos e assistência técnica  aos produtores– da logística até o manejo. A produção dos animais atualmente é concentrada na região de Toledo, no oeste do estado.

“Essa questão é bastante importante para nós, porque garantimos ao consumidor e a nossos clientes a qualidade da procedência de nossos produtos; e desta mesma forma agora se dá com o processamento dos subprodutos que passamos a entregar ao mercado”, acrescenta o gerente.

Nova fábrica de banha suína

Outro investimento do RPF Group na planta industrial de Ibiporã é a fábrica de banha, que começa a produzir no início de 2022. Com capacidade de 20 toneladas dia, essa unidade vai processar toda a matéria-prima gerada nos frigoríficos da marca em Ibiporã e Bocaiúva do Sul, utilizando um sistema de fusão -  que derrete a gordura suína e a transforma em banha líquida, envazada em embalagens de 500 gramas, um quilo e 3,6 quilos. A apresentação final do produto ocorre na forma pastosa.

“Sem aditivos químicos e com origem 100% animal, a banha suína vem voltando  à cena  e ganha a  preferência do consumidor, acompanhando  principalmente as tendências de comportamento  na  redução de consumo de industrializados e ultra processados”, avalia o gerente industrial Saulo Clímaco.

Outras vantagens do produto  em relação aos  óleos vegetais incluem o incluem o  fato de ter nutrientes - a exemplo da vitamina C, B, fósforo e ferro,  boa resistência a altas temperaturas sem liberação de componentes tóxicos, podendo ser usado em todas as preparações.

A banha suína produzida pelo RPF Group será vendida com a  assinatura Rainha Alimentos, que  é a marca de varejo do grupo.

O nobre destino dos subprodutos da produção de proteína suína

A carne suína é a segunda proteína animal mais consumida no mundo e  vem ganhando também, ano a ano, um lugar especial no prato do brasileiro. Só neste ano de 2021, o consumo per capita cresceu 5%, chegando a representando 16,90 quilos por pessoa, contra 16,06 quilos de 2020, segundo estudo da Associação Brasileira de Proteína Animal  (ABPA).

Assim como crescem a  produção e o  consumo de carne, também aumenta a quantidade de subprodutos desses animais, como sangue, gorduras, entre outros que, se fossem dispensados na natureza, causariam um grande desastre. Mas, ao contrário disso, o material tem um destino nobre: transformados pela indústria da graxaria, os rejeitos viram componentes para ração animal e também seguem para a produção de biodiesel.

Benê Bianchi/Asimp/RPF Group

#JornalUnião

Equipamento fábrica de farinha e óleo - Foto: Divulgação

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