Inovação garante financiamento à empresa de Ibiporã
Consultoria do Senai ajuda na obtenção de recursos junto à Fomento Paraná
Cinco meses após a assinatura do contrato de captação de recursos, a empresa Innovare Química do Brasil, de Ibiporã, no Norte do estado, entregou nos últimos dias o relatório parcial de dispêndios à Fomento Paraná, instituição financeira de economia mista do governo do estado.
Realizada por meio da linha de crédito InovaCred, que é um programa da empresa pública brasileira de fomento à ciência, tecnologia e inovação, Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), a primeira etapa envolveu mais de R$ 2 milhões de um total de R$ 4 milhões, investidos na construção da nova fábrica e do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da Innovare.
“Todo esse processo representa a materialização de um sonho no qual sempre apostamos. Tivemos um incêndio na primeira fábrica e mesmo assim seguimos com o projeto. Os investidores abraçaram a ideia justamente pelo conceito de inovação e diferenciação das demais empresas existentes no mercado”, conta o gerente administrativo da Innovare, Elvis Castro Vieira.
Vieira considera que, a partir da construção da fábrica, os próximos passos serão o foco no desenvolvimento de novos produtos e a busca de parcerias, inclusive internacionais. “Queremos trazer para o Brasil o que há de mais novo e moderno em termos de processo neste segmento. Esse é o nosso sonho”, assegura.
Consultoria do Senai
A concretização do processo de captação de recursos se deu a partir da consultoria do Senai - Centro Internacional de Inovação. Para Enelvo Sanchotene Martinelli, coordenador da área de Serviços Tecnológicos e Inovação do Campus da Indústria, “em um ano de crise, ficamos felizes em ajudar a alavancar o crescimento da indústria paranaense, por meio da inovação”.
Martinelli explica que a primeira etapa da negociação foi iniciada em dezembro de 2014, com assinatura do contrato em julho de 2015. A segunda etapa se deu com a apresentação dos dispêndios, neste mês. E o projeto entra agora na terceira fase, que é a compra de equipamentos, contratação de pesquisadores e parcerias estratégicas até dezembro de 2016. “Com o Instituto Senai de Inovação em Eletroquímica, uma parceria futura se torna possível em projetos relacionados à indústria química de couro”, afirma o coordenador.
O gerente da Innovare avalia a atuação do Senai como importantíssima. “Além dos excelentes profissionais, a estrutura a serviço da indústria é de primeiro mundo”.
Mario João Figueiredo, da área de Inovação da Fomento Paraná, diz que a instituição considera a inovação estratégica para o desenvolvimento do estado e, por isso, busca recursos para aplicar nas empresas inovadoras. “Uma das características desse trabalho é a busca de parcerias, uma vez que isso multiplica as possibilidades”, explica, acrescentando que essa foi uma das razões para a parceria com o Senai, a partir da qual muitas propostas já foram encaminhadas. “O caso da Innovare demonstra que a Fomento Paraná procura interiorizar o desenvolvimento, localizando empresas de fora do eixo central e da Região Metropolitana, e permitindo que as empresas nos localizem também”, conclui.
Novos produtos
A Innovare tem mais de 50 anos de experiência no desenvolvimento, aplicação e industrialização de produtos químicos usados na cadeia produtiva do couro. Sua localização é considerada estratégica para a fabricação e a distribuição dos produtos, por integrar a rota do Anel de Integração paranaense.
As novas instalações proporcionarão o estudo e o desenvolvimento de novos produtos e processos químicos para a indústria do couro, bem como a melhoria de procedimentos já existentes. Entre eles, o aprimoramento de toda a linha produtiva atual, que emprega basicamente produtos na forma líquida.
O aporte recebido favorecerá a realização de testes pilotos, relacionados à concentração dos produtos químicos, e também possibilitará a transformação de produtos líquidos em sólidos, o que resultará em economia logística para os clientes, além de contribuir para a redução do impacto ambiental que os produtos químicos usados na indústria do couro provocam.
Asimp/FIEP
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