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A Secretaria Municipal de Saúde de Ibiporã, por meio do setor de Endemias, divulgou o resultado do quinto Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa), mosquito transmissor da dengue, zika, chikungunya e febre amarela. Realizado no período no período de 5 a 10 de outubro, o LIRAa apontou um índice de infestação de 0,3%, ou seja, de cada 100 imóveis visitados, menos de um apresentava criadouros do vetor. Os agentes de endemias visitaram 930 imóveis – cerca de 5% do total – em todas as regiões da cidade.

O número é inferior ao preconizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) – de até 1%. É o menor índice já registrado este ano – em janeiro ficou em 1,7%. Por conta da pandemia do novo coronavírus, o segundo LIRAa foi cancelado pelo Ministério da Saúde. Em junho, ficou em 0,9%, e em agosto 0,7%. “Apesar do calor, estamos vivendo uma longa estiagem, o que dificulta a reprodução do mosquito. Além disso, a Secretaria Municipal de Saúde intensificou os ciclos de remoção dos criadouros por toda cidade, aplicação do novo inseticida (Cielo) com a UBV costal, e o trabalho de orientação junto à população”, aponta o coordenador do Setor de Endemias, Aldemar Galassi.

Com os resultados do LIRAa, os agentes de endemias elaborarão estudos e planejamentos que orientarão os trabalhos nas áreas mais afetadas da cidade. Segundo Galassi, neste último levantamento, 100% dos focos do Aedes aegypti foram encontrados nos vasos de planta, que acabam acumulando água. “Além da participação da Prefeitura nas atividades de combate e controle, é preciso o apoio permanente da população para eliminar os criadouros do mosquito, que em sua grande maioria estão em ambiente domiciliar, tais como garrafas, latas, entulhos, vasos de plantas, tambores de água e bebedouros de animais com água acumulada. A dengue mata e a proliferação do mosquito acontece durante o ano todo; por isso a necessidade da prevenção. Neste momento, como existe a recomendação para as pessoas ficarem mais tempo em casa, por conta do coronavírus, a orientação é que aconteça uma busca minuciosa com a eliminação dos focos do mosquito transmissor tanto no ambiente doméstico, como de trabalho e de circulação”,  ressalta o coordenador de Endemias.

Epidemia de dengue

Ibiporã viveu no período epidemiológico de 2019/2020 a maior epidemia de dengue de sua história. Segundo boletim parcial divulgado pelo Setor de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde, no período de 28 de julho de 2019 a 30 de junho de 2020, foram notificados 7.599 casos, sendo 4.880 positivos, 2.600 descartados e 119 ainda não foram encerrados. Entre os confirmados, 108 pacientes apresentaram “Dengue com sinais de alarme” e sete casos, “Dengue Grave”, sendo que cinco evoluíram a óbito. Os números finais serão divulgados no início de novembro.

O Paraná também viveu a sua pior epidemia, com 227.724 confirmações e 177 óbitos. “O vírus tipo 2 foi o que mais circulou neste período, e como ele não havia predominado no Estado, muitas pessoas foram contaminadas, e acabaram desenvolvendo sintomas mais graves da doença”, explica a coordenadora da Vigilância Epidemiológica, Vanessa Luquini.

Conforme a Vigilância Epidemiológica, neste novo período sazonal (agosto de 2020 a julho de 2021), Ibiporã contabiliza 211 casos notificados da doença e nenhuma confirmação.

Saiba quais são os sintomas da dengue

A orientação da Secretaria Municipal de Saúde é que aos primeiros sintomas de dengue (febre alta, dores articulares, musculares e de cabeça, manchas avermelhadas na pele e indisposição), e Chikungunya (febre, dor de cabeça, mal estar, dores pelo corpo e muita dor nas juntas) a pessoa se dirija à Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima de sua residência para que o diagnóstico inicial e a notificação sejam feitos. Normalmente, os sinais de alarme ocorrem entre o terceiro e quinto dia, esse é o chamado período crítico para dengue. Tratado com hidratação e medicação sintomática corretamente, a maioria dos casos evolui para cura.

Previna-se!

Garrafas PET e de vidro: As garrafas devem ser embaladas e descartadas corretamente na lixeira, em local coberto ou de boca para baixo;

Lajes: Não deixe água acumular nas lajes. Mantenha-as sempre secas;

Ralos: Tampe os ralos com telas ou mantenha-os vedados, principalmente os que estão fora de uso;

Vasos sanitários: Deixe a tampa sempre fechada ou vede com plástico;

Piscinas: Mantenha a piscina sempre limpa. Use cloro para tratar a água e o filtro periodicamente;

Coletor de água da geladeira e ar-condicionado: Atrás da geladeira existe um coletor de água. Lave-o uma vez por semana, assim como as bandejas do ar-condicionado;

Calhas: Limpe e nivele. Mantenha-as sempre sem folhas e materiais que possam impedir a passagem da água;

Cacos de vidros nos muros: Vede com cimento ou quebre todos os cacos que possam acumular água;

Baldes e vasos de plantas vazios: Guarde-os em local coberto, com a boca para baixo;

Plantas que acumulam água: Evite ter bromélias e outras plantas que acumulam água, ou retire semanalmente a água das folhas;

Suporte de garrafão de água mineral: Lave-o sempre quando fizer a troca. Mantenha vedado quando não estiver em uso;

Falhas nos rebocos: Conserte e nivele toda imperfeição em pisos e locais que possam acumular água;

Caixas de água, cisternas e poços: Mantenha-os fechados e vedados. Tampe com tela aqueles que não têm tampa própria;

Tonéis e depósitos de água: Mantenha-os vedados. Os que não têm tampa devem ser escovados e cobertos com tela;

Objetos que acumulam água: Coloque num saco plástico, feche bem e jogue corretamente no lixo;

Vasilhas para animais: Os potes com água para animais devem ser muito bem lavados com água corrente e sabão no mínimo duas vezes por semana;

Pratinhos de vasos de plantas: Mantenha-os limpos e coloque areia até a borda;

Objetos d’água decorativos: Mantenha-os sempre limpos com água tratada com cloro ou encha-os com areia. Crie peixes, pois eles se alimentam das larvas do mosquito;

Lixo, entulho e pneus velhos: Entulho e lixo devem ser descartados corretamente. Guarde os pneus em local coberto ou faça furos para não acumular água;

Lixeira dentro e fora de casa: Mantenha a lixeira tampada e protegida da chuva. Feche bem o saco plástico

Denúncias de mato alto e locais com focos do mosquito Aedes aegypti devem ser feitas pelo telefone 156.

Caroline Vicentini/NCPMI

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