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Evento reuniu profissionais de saúde e Ministério Público para uma capacitação sobre notificação de violência interpessoal e autoprovocada

A Administração Municipal, por meio da Secretaria Municipal da Saúde, promoveu na tarde da última quinta-feira (24) uma capacitação sobre notificação de violência interpessoal e autoprovocada. O evento foi realizado no Centro de Convivência do Idoso Abílio de Paula (CCI) e reuniu coordenadores de todas as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) de Ibiporã, enfermeiras dos Centros de Atenção Psicossocial Adulto e Infantil (CAPS e CAPSi), representantes do Centro de Referência Especializado da Assistência Social (CREAS), Centro de Referência em Assistência Social de Ibiporã (CRAS) Central e Terra Bonita, Conselho Tutelar, Ministério Público, Hospital Cristo Rei, Núcleo de Apoio à Saúde da Família (Nasf), Unidade de Prontoatendimento (UPA), e coordenações da Vigilância Epidemiológica, Atenção Primária de Saúde e Programas de Saúde. Também foram convidados representantes das secretarias de Assistência Social e Educação.

A capacitação foi ministrada pela coordenadora dos Núcleos de Enfrentamento à Violência na 17ª Regional de Saúde, enfermeira Elisabete Athayde, e pela coordenadora da Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde, Sebastiana Caetano Riechel. O objetivo foi sensibilizar os profissionais sobre a importância da notificação correta dos casos de violência (física, sexual, psicológica, abandono, negligência, trabalho infantil, tortura, tráfico de pessoas, violência financeira/econômica, intervenção em autoprovocada. "A violência é um fenômeno complexo, que permeia todos os ciclos sociais, por isso a necessidade de reforçar o seu combate. Os profissionais de saúde muitas vezes têm dificuldades em lidar com esta situação  porque faltam instrumentos técnicos para isso. As capacitações visam empoderar estes profissionais, possibilitando melhorias na qualidade das informações, as quais são essenciais para o controle e investigação dos casos, além de auxiliar na construção de políticas públicas mais eficazes", sustenta Elisabete.

Após a explanação da técnica da 17ª Regional de Saúde, os participantes realizaram trabalhos em grupo com o intuito de se aproximarem de conceitos utilizados ao realizar uma notificação de violências e terem contato com a ficha de notificação e investigação epidemiológica.

Segundo levantamento realizado pela 17ª Regional de Saúde, de 2010 a 2016 foram notificados 351 casos de violência em Ibiporã. Os tipos mais comuns são violência física, psicológica, sexual e autoprovocada, predominando vítimas do sexo feminino.

De acordo com a coordenadora do Programas de Saúde, Carolina Santana Siqueira, a partir de 12 de dezembro a notificação dos casos de violência não será apenas da saúde, mas uma ação intersetorial. "Queremos organizar o fluxo assistencial de violência sexual, doméstica autoprovocada e outros, tornando-o mais eficiente e menos doloroso para as vítimas. A sistematização do processo de trabalho é um instrumento importante para viabilizar o cuidado humanizado, melhorando a qualidade do acolhimento, atendimento, notificação e encaminhamento dos casos de violência, fortalecendo as ações intersetoriais e contribuindo para a resolutividade dos casos, além de subsidiar a priorização de políticas públicas para enfrentamento das violências", ressaltou Carolina.

COM/PMI

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