Conselheiras tutelares pedem criação de mais um conselho na região norte de Londrina

Atualmente, cinco conselheiros respondem por uma população de aproximadamente 300 mil habitantes

Na sessão de ontem (19) da Câmara de Londrina, representantes do Conselho Tutelar Norte de Londrina falaram sobre as dificuldades dos atendimentos na região. Patrícia Mafalda Angeluci afirmou que o órgão conta com cinco conselheiros, que atendem a denúncias de violências de diversas naturezas contra crianças e adolescentes em uma região com aproximadamente 300 mil habitantes. Em 2020, o conselho realizou 1.134 atendimentos na sua sede. Neste ano, até agora, foram 958 atendimentos presenciais. Segundo ela, os atendimentos abrangem 82 bairros e 9 assentamentos. "Está ficando humanamente impossível garantir um atendimento de qualidade", afirmou.

Atualmente, Londrina conta com cinco conselhos tutelares, um para cada região do município (norte, sul, leste, oeste e central). Carla Cristina Gimenes de Sá solicitou o apoio dos vereadores para viabilizar a criação de mais um conselho na zona norte, com a redistribuição dos atendimentos da população da região. "Por ser território muito extenso, faltam vagas nos serviços de convivência. Também faltam vagas na educação infantil na região norte. E no ensino fundamental. A escola do Vista Bela, por exemplo, acabou de ser inaugurada e não há mais vagas. Estamos lutando com crianças fora da escola. Aquele território precisa de um olhar mais apurado justamente por causa da demanda", disse. Carla lembrou que até 2019 havia dois conselhos na região. "Nossa luta é para reconquistar esse conselho. Teríamos o Conselho Norte A e o Conselho Norte B", explicou.

O convite às conselheiras foi feito pela vereadora Lu Oliveira (PL), por meio do requerimento nº 420/2021. "Aquilo que um dos conselhos tem de demanda mensal é infinitamente menor do que na região norte. Existem algumas regiões que precisam de mais atenção, por uma questão social. Está faltando braço. Vocês são em cinco, isso é um absurdo", afirmou Oliveira.

Vinicius Frigeri/Asimp/CML