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O deputado estadual Tercilio Turini pediu ações urgentes da Copel para rever os valores das faturas de energia nos jardins Santa Fé, Marabá, Rosa Branca e localidades próximas na Zona Leste de Londrina, diante dos aumentos exorbitantes cobrados dos moradores em outubro e novembro. Em requerimento ao presidente da companhia, Daniel Pimentel Slaviero, o parlamentar cita que as contas apresentam variações de até 1.000% de um mês para outro. "Há situações que passaram de 20 ou 30 reais para cerca de 400 reais numa comunidade pobre, o que deixou as famílias assustadas e indignadas", diz.

O documento aprovado ontem, 07, na Assembleia Legislativa do Paraná aponta para o risco de os moradores não conseguirem pagar as contas, com o consequente corte da energia nas residências. "A maioria das famílias enfrenta grande dificuldade em necessidades básicas de alimentação, manutenção das casas e cuidados pessoais. A região é bem carente. Os moradores ficaram revoltados porquem vivem em moradias humildes, muitas em situações precaríssimas, e recebem faturas com valores bem maiores do que em bairros de classe média e média alta de Londrina", argumenta o deputado.

Tercilio Turini destaca ainda a preocupação com o plano da Copel de trocar medidores de energia em outros bairros. "A companhia informou que as 325 unidades afetadas no Santa Fé e imediações são apenas o início de um programa em Londrina que atingirá mais de 4 mil unidades consumidoras. Ou seja, se na primeira iniciativa já houve indignação da comunidade, é bem provável que novos movimentos surgirão quando a companhia partir para as substituições de medidores nas demais localidades", alerta.

Na segunda-feira, 06, representantes do Santa Fé e outros bairros reuniram-se com gestores do Procon de Londrina e da Copel de Curitiba. Por videoconferência, membros da comunidade questionaram os valores cobrados, falaram sobre o receio de ter a energia cortada por falta de pagamento e pediram uma solução. Representantes da Copel argumentaram que as trocas de medidores de energia visam modernizar o sistema e aferir o consumo.

Dirigentes do Procon alertaram que a ausência de notificação por escrito sobre as mudanças, admitida pela Copel, pode configurar ilegalidade por desrespeito à legislação (instruções normativas). O órgão de defesa do consumidor confirmou que está recebendo diversas reclamações de moradores dos bairros afetados e informou sobre medidas que podem ser tomadas. Também ressaltou que não houve ação da Copel para orientar as famílias sobre as alterações na cobrança e o consumo consciente de energia.

A Copel propôs parcelar os valores das faturas com entrada e mais 11 parcelas. Os membros da comunidade não aceitaram e o Procon então propôs a isenção do pagamento das duas últimas contas e o início imediato de uma campanha comunitária de orientações aos moradores dos bairros. "Pedimos à presidência da Copel uma análise criteriosa sobre o que está acontecendo em Londrina, numa comunidade carente que pode sofrer consequências muito danosas diante da cobrança adotada recentemente pela companhia", enfatiza o deputado estadual Tercilio Turini.

Ricardo da Guia Rosa/Asimp

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