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De acordo com o resultado preliminar, população de Londrina está em quase 527 mil pessoas, mas IBGE ainda precisa aferir as informações de 12.409 domicílios

Na terça-feira (5), o chefe de gabinete, José Otávio Sancho Ereno, e a secretária municipal de Planejamento, Orçamento e Tecnologia em exercício, Débora Pereira Ramos, receberam o coordenador de área do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em Londrina e região, Fábio Fujimoto, para apresentação do resultado preliminar do Censo Demográfico de 2022. A reunião foi realizada no auditório da Prefeitura de Londrina e contou com representantes de diversas secretarias municipais.

O objetivo do encontro foi dar transparência ao processo de levantamento de dados sobre a população de Londrina ao apresentar as informações obtidas até segunda-feira (8), pelos recenseadores do IBGE. Segundo o levantamento, no Município de Londrina há 247.057 domicílios, sendo que destes 209.572 estão ocupados, 37.747 ocupados ocasionalmente. Entre os ocupados, responderam aos questionamentos do instituto 197.163 pessoas, porém outros 12.409 domicílios ainda não atenderam os profissionais do IBGE. Isso representa uma ausência de dados de 5,92% dos domicílios londrinenses.

A meta estipulada pelo IBGE é que os municípios tenham, pelo menos, 95% dos domicílios aferidos em entrevistas. Mas, no momento, Londrina está um pouco abaixo disso, com 94,6%.”Estimamos que, destes 12 mil domicílios, se conseguirmos realizar a coleta em cerca de 1.600 já entramos na meta estipulada. Ele está um pouco acima do número coletado em 2010, mas era uma situação totalmente diferente, a facilidade de se fazer pesquisa foi muito maior do que a gente tem encontrado nesse ano. Isso é uma característica não só do Brasil, mas mundial, porque está mais dificultoso fazer esse tipo de levantamento”, explicou o coordenador de área do IBGE.

De acordo com Fujimoto, são vários os motivos que levaram ao aumento da ausência de respostas aos recenseadores. “Temos umas peculiaridades dependendo das regiões do Brasil, mas na região Centro Sul a maior dificuldade são os condomínios fechados [horizontais e verticais]. Do acesso do recenseador aos condomínios fechados, a gente encontra diversas barreiras, como os síndicos, os porteiros e, ao final, o próprio morador que resiste em prestar as informações”, contou.

Sobre isso, a secretária municipal de Planejamento, Orçamento e Tecnologia em exercício explicou que os órgãos públicos, como a Prefeitura de Londrina, utilizam as informações obtidas nesse levantamento oficial para planejar novas políticas públicas e mensurar os investimentos nas ações desenvolvidas em diversas áreas, como saúde, educação, assistência social e segurança, por isso a importância de se obter um levantamento fidedigno à realidade. “A gente tem se colocado à disposição do IBGE desde o início do censo e tudo aquilo que eles solicitaram nos tentamos atender. É realmente muito importante porque existem muitos recursos que vêm para o Município baseados no número de habitantes da cidade, então para gente é muito interessante que os dados sejam os mais precisos possíveis. Ainda tem quase 6% de domicílios que não foram recenseados, então o que a gente pede é que a população colabore e atenda o recenseador. Existem muitas políticas públicas baseadas no número de habitantes por região, que são esses dados levantados pelo IBGE”, ressaltou.

De acordo com o resultado preliminar, em Londrina, havia uma estimativa de crescimento maior da população -baseada no ultimo censo de 2010, que registrou 506 mil habitantes. Porém, esse crescimento ficou aquém do esperado. Para 2023, era estimada uma população com aproximadamente 588 mil habitantes, mas até agora a população recenseada foi de apenas 526.911. O que se observa, no momento, é que houve um aumento significativo de imóveis, mas a população não necessariamente acompanhou esse boom imobiliário.

Outro fato apontado foi a diminuição no número de pessoas por família. Em 2010, a média de moradores por domicílio era de 3,06. Agora, esse número caiu para 2,64 na zona urbana e para 2,84 na rural. No Brasil, essa média está em 2,81 moradores por domicilio e no Estado do Paraná, em 2,72. Entre os principais motivos para a queda no número da população estão a migração para outros municípios; saída de jovens para estudo ou trabalho; surgimento de atividade econômica em localidades próximas ou saída de fábricas e indústrias; crescimento e integração de municípios através da conurbação, diminuição do número de filhos, perda de pessoas em idade reprodutiva e a baixa taxa de fecundidade. Outros dados sociogeográficos sobre os municípios serão apresentados ao final da pesquisa.

O levantamento nacional do IBGE teve início em 1º de agosto de 2022, sendo que o término estava previsto para outubro daquele ano, mas devido ao período eleitoral, à demora na contratação de novos recenseadores e outros motivos, o trabalho foi prorrogado impreterivelmente para o dia 28 de maio de 2023. Com a finalização do processo de coleta de dados e de análise das informações, o IBGE espera apresentar o resultado nacional no dia 28 de junho de 2023.

Além das autoridades mencionadas, estiveram presentes na reunião desta terça-feira, servidores públicos do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Londrina (IPPUL), da Companhia de Habitação de Londrina (Cohab-Ld), das Secretarias Municipais do Idoso, de Governo, de Educação, de Assistência Social, e de Planejamento, Orçamento e Tecnologia, do Sistema de Informação Geográfica de Londrina (SIGLON), do Núcleo de Comunicação da Prefeitura e da Universidade Estadual de Londrina (UEL).

NCPML

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