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Cidade saltou de 2020 a 2022, do 37° para o 31° lugar em ranking elaborado por publicação nacional; Londrina é o segundo mercado de maior potencial do Paraná, atrás apenas de Curitiba;

Londrina subiu seis posições no ranking que classifica os 50 municípios brasileiros com maior potencial de consumo urbano. É o que mostrou um levantamento feito pela Geofusion, empresa de inteligência geográfica de mercado, divulgado no último mês. O ranking de 2022 classificou Londrina na 31ª posição, a segunda melhor colocação dentre as cidades paranaenses e atrás apenas da capital, Curitiba, na 5ª posição nacional. No relatório de 2020, Londrina ocupava o 37° lugar.

A pesquisa da Geofusion registrou que Londrina possui um potencial de consumo urbano de R$ 17.708.197.686. Como exemplo, Curitiba registrou um potencial de R$ 91.093.208.108. Esse montante representa o quanto a população está disposta a consumir em variadas categorias econômicas, sejam de produtos ou serviços. As principais categorias indicadas são: alimentação dentro e fora do domicílio, artigos de limpeza, bebidas, transportes urbanos, habitação, materiais de construção, calçados, eletrodomésticos e equipamentos, gastos com medicamentos, entre outras.

Os 50 municípios listados na pesquisa somam um potencial de consumo de quase R$ 2,3 trilhões, equivalente a 49% do índice nacional. No ranking, destacam-se as capitais e cidades do Sudeste, região que predomina com 58,5% do Top 50. Em segundo lugar, está a região Nordeste, com 16%; seguida do Sul, com 11,5% de participação no ranking. Já Centro-Oeste e Norte respondem por 11,2% e 2,8% dos municípios listados, respectivamente.

 “O setor de consumo tem a prestação de serviços como a grande âncora e Londrina está, como era de se esperar, à frente de Joinville e Maringá, para citar alguns exemplos. Um bom exemplo é a própria movimentação incrementada no final de ano, que recebeu investimentos da Prefeitura com retorno extraordinário. Podemos citar ainda a força do setor acadêmico, do agronegócio, da construção civil e a chegada de grandes investidores como propulsores. O londrinense consome bastante e muito disso gira em torno de serviços e produtos com inovação”, avaliou o presidente do Instituto de Desenvolvimento de Londrina (Codel), Bruno Ubiratan.

Além de análise geográfica, o levantamento reforça que o potencial de consumo urbano também é afetado por inúmeras outras variáveis. As dinâmicas do mercado podem ser influenciadas por concentração e distribuição populacional no território; maior ou menor presença de comércios, indústrias e prestadores e serviços; comportamento de consumo dos habitantes e fluxo de visitantes; entre diversos fatores.

O próprio levantamento da Geofusion cita que as informações sobre potencial de consumo podem embasar decisões estratégicas para mapeamento de novos mercados, ao identificar locais com alto potencial e presença do público-alvo. Também permite a inserção de novos produtos ou, até mesmo, mudanças na precificação.

Para o consultor de empresas José Bernardo Batista de Medeiros, que atua no setor há 30 anos, a economia se move pelo consumo e é esse consumo que atrai o investimento. “Londrina na 31ª posição, dentre 5.570 municípios brasileiros, é uma posição muito privilegiada, porque esse é um indicativo para investimentos, seja comércio, indústria ou serviços. E esse investimento se transforma em emprego e renda, o que é altamente benéfico para o município em vários aspectos”, comentou.

Medeiros citou o ramo de e-commerce, que se aplica a vários setores de forma cada vez mais consolidada e ainda possui uma tendência grande de crescimento. “Nesse caso específico do e-commerce, mesmo que a empresa não atue em Londrina, precisará em algum momento de um Centro de Distribuição na região, até porque a macrorregião de Londrina é muito populosa. Isso repercute em um investimento de instalação, em pessoal locado e, especialmente, na logística de quando o produto chega no Centro e vai até o consumidor final. Gera uma corrente de emprego e renda que é altamente benéfica para a cidade, porque na medida em que as pessoas conhecerem a qualidade de vida daqui, tem a possibilidade de novas empresas se instalarem aqui e empregarem londrinenses. Basicamente esse potencial de consumo é isso, é o potencial de atração de novos investimentos, e investimento na ponta final resulta em emprego e renda”, explicou.

NCPML

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