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Londrina vai receber uma antena de telefonia 5G em julho. A instalação do equipamento foi confirmada ontem pelo ministro das Comunicações, Fábio Faria, durante reunião  realizada no ministério, em Brasília, articulada pela deputada federal Luísa Canziani (PTB-PR) e que contou com a participação do chefe-geral da Embrapa Soja, Alexandre Nepomuceno. Dessa forma, Londrina será a única cidade da Região Sul a receber uma antena de tecnologia 5G neste ano e a segunda do País. A primeira antena foi instalada neste mês em Sorocaba (SP).

O município já havia sido escolhido pelo Ministério das Comunicações para receber o projeto-piloto para utilização da tecnologia em áreas rurais. Essa definição ocorreu porque Londrina abriga o primeiro Polo Tecnológico do Agro instalado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) há um ano e meio, projeto que também contou com a articulação da deputada Luísa. “O ministro Fábio Faria nos confirmou que Londrina vai ganhar a segunda antena de telefonia 5G do País. É o resultado de um árduo trabalho que confirma a vocação de Londrina como uma cidade inovadora e preparada para o futuro”, salienta.

A antena a ser instalada terá abrangência em um raio de 5 quilômetros, podendo atingir picos de até 10 quilômetros, incluindo a parte urbanizada do distrito de Warta (Zona Norte). O foco do projeto é levar a conectividade no campo e assim contribuir para o aumento da produtividade das lavouras e, consequentemente, o aumento da renda do produtor. No entanto, o sinal 5G ficará aberto a todos os usuários da telefonia móvel que tenham um aparelho com essa tecnologia. Naquela região, além da Embrapa estão instaladas várias empresas do agronegócio, como a Bela Agrícola, Grupo Don Mario e as cooperativas Integrada e Cocamar e o Aeroporto 14 Bis, utilizado por empresas de aviação agrícola.

“A instalação da antena 5G vai beneficiar todo o ecossistema de inovação de Londrina. A Embrapa faz parte da governança e certamente essa antena nos colocará na vanguarda dos testes da tecnologia 5G da agricultura no Brasil”, salienta o chefe-geral da Embrapa Soja, Alexandre Nepomuceno. Segundo ele, o projeto prevê a instalação de uma “fazenda inteligente” no local, o que trará benefícios para os produtores rurais, além de contribuir para os processos de pesquisas e soluções para o agronegócio. Com tecnologia 5G, será possível aprimorar ferramentas e desenvolver softwares para melhorar e ampliar a conectividade nas áreas rurais

Agricultura Digital

Além de Londrina, participam do projeto-piloto os seguintes municípios: Rondonópolis (MT), Padef (DF), Uberaba (MG), Ponta Porã (MS), Rio Verde (GO), Petrolina (PE) e Bebedouro (SP). Esses municípios devem receber uma antena até o final do ano. Em locais onde a agricultura digital já é realidade, o uso da internet das coisas demanda um sinal de internet 5G para conexão entre coisas (principalmente objetos) e organismos biológicos como é o caso de plantas e animais.

Dessa forma, sensores permitem, assim, a captação de informações de componentes de solo, de componentes de plantas e de desempenho animal. Os dados capturados são processados em plataformas e sistemas, subsidiando o produtor na tomada de decisão dentro da porteira, no sistema produtivo; e fora dela, quando a produção vai para o varejo, processamento, indústria, distribuição, até a mesa do consumidor. Para começar a ser utilizada no Brasil, a tecnologia 5G aguarda leilão da nova geração de internet, previsto para o segundo semestre deste ano.

A conectividade via fibra óptica também pode atender regiões rurais desde que próximas ao perímetro urbano, já que depende de cabeamento para a conexão de internet. O modelo é considerado de alta performance sendo imune a interferências e falhas de sinal.

Para a implantação de algumas infraestruturas de conectividade, o Mapa atuará em parceria com os entes de governo para disponibilização de linhas de crédito com recursos do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust), do qual participará do comitê gestor, ainda pendente de regulamentação via decreto.

A conectividade é apenas a infraestrutura para a chegada da internet às comunidades rurais. A partir desse caminho pavimentado outras camadas como aplicações e serviços digitais serão a alavanca para o agro digital. Assim, o desenvolvimento de plataformas e programas de internet das coisas no campo; a integração de bancos e plataformas de dados para prover painéis estratégicos; o desenvolvimento de marketplaces digitais dentre outras aplicações se tornam fundamentais para o segmento.

Polo Tecnológico do Agro

Londrina foi a primeira cidade do País a receber a chancela do Mapa como “Polo Tecnológico do Agro”, em solenidade realizada em novembro de 2019 no Parque de Exposições Ney Braga, sede da Sociedade Rural do Paraná, e que contou com a participação da ministra da Agricultura, Tereza Cristina. Para ser considerado “Polo Tecnológico”, foi reconhecido um conjunto de características formalmente instituídas na cidade como instituições de ensino, pesquisa, governança, entidades, empresas e produtores rurais que conferiam à cidade essa titulação. É um projeto importante porque pode atrair parceiros interessados em firmar acordos de cooperação em iniciativas comerciais, de ensino e pesquisa para o desenvolvimento de estratégias e novas soluções para o setor.

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