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Em encontro hoje (1º), Luciana Santos prometeu descentralizar as políticas e os recursos destinados à ciência, tecnologia e inovação, além viabilizar a implantação de uma unidade do MTCI na cidade

A ministra de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Luciana Santos, encerrou sua agenda de compromissos, na quinta-feira (1º), em Londrina, no Tecnocentro, sede do empreendedorismo nas áreas de tecnologia e inovação, localizado no Parque Tecnológico Francisco Sciarra, com o objetivo de conhecer as ações do local.

O consultor de Ecossistema de Inovação do Sistema Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Heverson Feliciano, abriu a série de apresentações programadas. Ele contou a história e a evolução do ecossistema das cidades, desde a criação em 1929, até o planejamento atual, desenvolvido pela catarinense Fundação Certi. “Essa metodologia deu origem por parte do Sebrae a uma nova metodologia que hoje é internacionalizada e que começou aqui”, informou. Feliciano ainda disse que esse caminho aumenta a competitividade de diversos setores.

Na sequência, a ministra ouviu do diretor de Ciência e Tecnologia do Instituto de Desenvolvimento de Londrina (Codel), Roberto Moreira, que o ecossistema de inovação de Londrina foi formalizado como uma organização social, agora chamado de Estação 43. A ministra recebeu das mãos do presidente do Estação 43, Lúcio Kamiji, um prato de vidro transparente com a logo da organização gravada a laser, num gesto de gratidão pela sua visita.

A ministra conheceu e manuseou uma caneta 3D, equipamento capaz de criar pequenos objetos que são usado no programa Fab Lab, laboratório de fabricação digital. “Nosso sonho é fazer com que a comunidade consiga utilizar esse espaço de inovação. Que o Fab Lab seja implantado no Tecnocentro para que as pessoas passem por aqui e consigam prototipar, criar projetos e inovar”, declarou o coordenador estadual do projeto Wash, Luciano Rudinik.

Uma das responsáveis pela vinda da ministra a Londrina, deputada federal Luísa Canziani, foi quem fez o convite pessoalmente quando esteve com uma comitiva de lideranças dos ecossistemas de inovação da cidade, no dia 15 de março, em visita ao ministério. Luísa comentou que com a chegada da ministra no ministério, foi feito o descontingenciamento do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Fndct). “Nós teremos recursos na escala dos 10 bilhões pra investimento em ciência, tecnologia e inovação no país. Nós queremos ‘um bi’, desses recursos”, brincou a deputada.

Representando o prefeito Marcelo Belinati, o presidente da Codel, Alex Canziani, enalteceu a estrutura e a maturidade do Ecossistema de Inovação de Londrina. Citou parcerias recentes como a da Índia de um centro de formação de mão de obra para montagem de computador de alta performance, a implantação do primeiro curso no Brasil, da Agência Nacional Brasileira (ANB), em parceria com o Instituto Federal do Paraná (IFPR), de empreendedorismo espacial, e em grande avanço, de um laboratório sino brasileiro de inteligência artificial em Londrina.

Com todo o brilhantismo do Ecossistema de Inovação de Londrina, Canziani pediu à ministra que Londrina tenha uma unidade do MCTI, um espaço com um profissional ligado ao ministério para que seja a ponte entre a cidade e Brasília. “Quando a gente olha pro mapa de tecnologia do Brasil, um dos poucos Estados que não tem uma unidade do ministério é o Paraná. Fica então esse pedido pra que possamos dar mais esse passo para viabilizar esse sonho”, solicitou o presidente da Codel.

Pra diminuir essa carência, a ministra de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Luciana Santos, disse que é preciso levar o aprendizado das novas tecnologias para as escolas com o programa Letramento Digital, implantado de forma inédita em Londrina pelo MTCI com o apoio da Positivo Tecnologia. “O Letramento Digital tem potencial para ganhar escala em Londrina e em outras cidades do Paraná”, avaliou.

Quanto aos pedidos feitos por Canziani de uma unidade do MCTI no Tecnocentro, a ministra disse que está avaliando, mas que a carência de cargos dificulta a implantação. “A gente vai ver uma forma de atender a esse pleito que é mais do que justo”, afirmou. Luciana ainda reafirmou o apoio e colocou o MTCI em parceria nas iniciativas do desenvolvimento do ecossistema de inovação de Londrina.

Ainda segundo Luciana, o Brasil tem um déficit de cem mil profissionais dos setores de tecnologia, comunicação e inovação, podendo chegar a 500 mil em 2025 se não houver um plano de ação. Depois do encerramento, a ministra conversou com convidados, bateu fotos e seguiu para almoço com lideranças antes de embarcar de volta a Brasília.

Entre os presentes, estavam os vereadores Matheus Thum, Eduardo Tominaga e Lenir de Assis; o deputado federal Raimundo Santos; o vice-reitor da Universidade Estadual de Londrina, Airton Petris.

NCPML

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