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Desde quando foi criado o Banco de Ração Municipal, em 2018, mais de 500 pessoas e duas entidades da causa animal foram beneficiadas; Banco de Ração de Londrina foi o primeiro a ser criado no Brasil

Pensando em fortalecer a política de bem-estar animal e divulgar os trabalhos que vem sendo feitos em Londrina, a Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Ambiente (Sema), divulgou um balanço do programa municipal de doação de ração animal, o Banco de Ração. De acordo com os dados, desde que foi criado em 2018 até o momento, foram doados 93.627 quilos de ração para as organizações e entidades não governamentais; famílias vulneráveis e para os protetores individuais, ou seja, mais de 93 toneladas de alimento animal já foram destinados gratuitamente pela Prefeitura para 529 pessoas em Londrina, incluindo para a Associação Defensora dos Animais de Londrina (ADA) e para Organização da Sociedade Civil de Interesse Público SOS Vida Animal. Para isso, o Município investiu R$ 401.489,25.

A ração comprada pela Prefeitura é chamada de Premium, considerada de ótima qualidade, por possui alto teor proteico e todos os nutrientes essenciais para a saúde animal, como os aminoácidos, ácidos graxos, vitaminas e minerais. Com ela é necessária uma porção menor para nutrir mais os animais. Isso só é possível graças ao Banco de Ração, que é uma política pioneira no Brasil. Londrina foi a primeira cidade brasileira a criar esse programa, que visa captar doações de produtos e gêneros alimentícios para os animais, assim como aceitar a doação de produtos para os animais, como roupas, remédios, coleiras, guias, abrigos, caixas de transporte, brinquedos e produtos de limpeza.

Lei Municipal nº 12.718, de 22 de junho de 2018, de autoria da vereadora Daniele Ziober, foi sancionada pelo prefeito Marcelo Belinati, criador da política da bem-estar animal em Londrina. De lá para cá, muitos gestores públicos vieram a Londrina conhecer o projeto ou entraram em contato para replicar o mesmo projeto de lei. Entre os municípios que implantaram o Banco de Ração com base no londrinense, informou a vereadora, estão Curitiba, Foz do Iguaçu, Cascavel, Ibiporã, Cambé e Primeiro de Maio.

“O Banco de Ração não existia no Brasil, até que tivemos a ideia de criarmos ele. A ideia saiu de dentro do meu gabinete, de minha autoria, porque eu queria que a Prefeitura pudesse ajudar essas ONGs, os protetores e as famílias que ajudam os animais que estão na rua e que vêm de abandono e de situações de maus-tratos. A ideia inicial era que a Prefeitura recebesse a ração, porque é aquilo que os protetores mais precisam e foi assim que conseguimos (com a criação de um fundo municipal e de um conselho) criarmos a rubrica para a compra de produtos aos animais”, explicou a vereadora.

Antes de o prefeito Marcelo Belinati assumir a administração municipal, não havia nenhuma política pública de bem-estar animal instituída formalmente na cidade. Agora, além do Banco de Ração, há a Lei Municipal nº Lei 12.695/2018, que criou um Fundo Municipal de Proteção aos Animais (Fupa) e o Conselho Municipal de Proteção e Defesa aos Animais (COMUPDA), cuja função é auxiliar na definição das políticas públicas e no acompanhamento das ações executadas pela Sema, em prol de animais domesticados e silvestres (leia mais aqui).

Para Ziober, tudo isso serve como uma ajuda e um estímulo para que os protetores de animais não parem de executar seus trabalhos. “É um auxílio muito importante para que as pessoas, que cuidam e resgatam os animais das ruas, não parem de fazer esse trabalho, porque infelizmente ainda temos muitos animais abandonados. É uma união do poder público com o terceiro setor, com a sociedade. É um auxílio que a Prefeitura dá a quem ajuda, porque a obrigatoriedade dos animais de rua é do prefeito. Ele teria que recolher esses animais. Então, nada mais justo do que o poder público auxiliar quem faz o trabalho, dando uma coisa cara, que é a ração usada corriqueiramente”, completou Ziober.

A Sema é o órgão responsável pela coordenação, organização e estruturação das atividades técnicas e operacionais e é a pasta que articula as formas de coleta e distribuição da ração. Segundo o secretário municipal de Ambiente, Ronaldo Siena, para receber a ração comprada pela Prefeitura e dada gratuitamente a quem precisa é necessário estar cadastrado. No início do credenciamento, em 2020, inscreveram-se a ADA e SOS Vida Animal, além de 318 protetores de animais individuais e mais 209 famílias em estado de vulnerabilidade alimentar e nutricional, ou seja, havia 529 cadastros.

Atualmente, devido à pandemia de Covid-19 e à crise econômica que o país vem enfrentando, esse número subiu para 917 pessoas credenciadas, além das duas entidades. “A distribuição dos sacos de ração começou em janeiro de 2020 e, até agora, já entregamos 93.627 quilos do alimento animal para os 529 cadastrados até então. Além das ONGs, dos protetores e das famílias carentes, a Sema também doou para o hotel onde ficam os animais recolhidos das situações de maus-tratos e de crimes ambientais, e para as outras secretarias que tem cães e gatos, como a Secretaria de Assistência Social que atende a população de rua com animal”, explicou o secretário de ambiente.

Para tornar possível a entrega dos sacos de ração, a Prefeitura aplicou R$ 77.280,00 na compra do alimento para os animais, em 2019. No ano seguinte, foram mais R$ 197.438,00. Além desses valores, de 2021 até hoje, foram gastos mais R$ 126.771,25, o que totalizou R$ 401.489,25. A expectativa da Sema é que, ainda este ano, sejam empenhados e executados mais R$ 220.520,94 que devem possibilitar a entrega de mais alimento aos animais que precisam.

Como se inscrever no Banco de Ração

As pessoas em situação de vulnerabilidade social, protetores e ONGs de cuidados animais interessados em se cadastrar no Banco de Ração devem preencher o formulário disponível no site da Sema, no link de Bem-Estar Animal, na aba Banco de Ração ou clique aqui. Para quem não tem acesso à internet é possível ir presencialmente na sede da Sema, que fica na Rua da Natureza, 155, dentro do Parque Municipal Arthur Thomas, no Jardim Piza. O telefone para contato é o (43) 3372-4775. Os atendimentos são de segunda a sexta-feira, das 12 às 18 horas.

Como ajudar

O cidadão que quiser ajudar as entidades sem fins lucrativos pode entrar em contato com a ADA e com a SOS Vida Animal. Mais informações podem ser obtidas no site da SOS Vida Animal  e na página do Instagram da ADA. As entidades contam com as doações para manter funcionando seus serviços. Elas precisam de alimentos para os animais e têm despesas mensais com produtos de limpeza, contas de água e energia elétrica, pagamento de veterinários e medicamentos quando necessário. Aqueles que não puderem ajudar financeiramente, mas puderem adotar um animal também são bem-vindos.

NCPML

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