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Doação feita pela Município soma mais de 13 toneladas de alimento animal dados à entidade em 2022; ação faz parte da política pública de bem-estar animal

Ontem (1º), o prefeito Marcelo Belinati e o secretário municipal de Ambiente, Ronaldo Siena, entregaram 9.375 quilos de ração animal, doadas pela Prefeitura de Londrina, para a Associação Defensora dos Animais de Londrina (ADA). A entrega aconteceu na sede da Secretaria Municipal de Ambiente (Sema), que fica dentro do Parque Municipal Arthur Thomas, situado à Rua da Natureza, 155, no Jardim Piza.

Ao todo, foram distribuídos 375 pacotes de 25 quilos de ração para cães à instituição, que custaram R$ 54.187,50. O dinheiro utilizado para a aquisição advém do Fundo Municipal de Proteção aos Animais (Fupa), que é constituído por recursos de multas pagas por quem maltrata animais e por emendas parlamentares.

Essa foi a segunda doação feita à ADA em 2022. A primeira foi realizada em 7 de março deste ano, em que o Poder Público deu 3.750 quilos de ração.

Com isso, em 2022, a Prefeitura já doou mais de 13 toneladas de ração para os cães da ADA. “Hoje, entregamos mais de 9 toneladas de ração para a ADA, que é uma parceira muito importante para a Prefeitura, porque ela ajuda a cuidar dos animais que foram abandonados nas ruas da cidade ou que eram vítimas de maus-tratos animais. Então, temos muita consideração pelo trabalho que eles desenvolvem e esperamos poder fortalecer cada vez mais a política pública de bem-estar animal, para conseguirmos ajudar não só essa associação, mas outras entidades e famílias vulneráveis que precisam”, disse o prefeito Marcelo Belinati.

Segundo o secretário municipal de Ambiente, Ronaldo Siena, a ideia é que até o final deste ano novas entregas sejam realizadas não somente para a associação, mas também para as famílias em vulnerabilidade cadastradas no Programa do Banco de Ração e para os tutores da Organização da Sociedade Civil de Interesse Público SOS Vida Animal. “Nosso Banco de Ração já ultrapassou 900 cadastrados, sendo que, durante a pandemia, esse número aumentou por causa da crise econômica gerada no país. Então, temos um grande volume de famílias e entidades cadastradas no programa, para atendermos. Mas, até final do ano, estamos programando mais algumas entregas e, se tudo der certo, mais famílias, protetores animais e entidades vão receber ração”, afirmou o secretário.

A ração comprada pela Prefeitura é chamada de Super Premium, considerada de ótima qualidade, por possui alto teor proteico e todos os nutrientes essenciais para a saúde animal, como os aminoácidos, ácidos graxos, vitaminas e minerais. Com ela é necessária uma porção menor para nutrir mais os animais.

Segundo a fundadora e presidente da ADA, Anne Moraes, por ser uma ração de excelente qualidade, com a quantidade recebida hoje será possível manter os animais alimentados, pelo menos, com uma refeição por dia, durante um mês inteiro. Isso porque, atualmente, o local acolhe 960 animais.

“Essa é a segunda doação de grande volume que a ADA recebe e faz muita diferença, porque no momento em que a gente está passando, a crise está pegando e apertando a gente. Se chegar lá na ONG agora, o nosso container está vazio. A gente não tinha ração para hoje. Então, essa doação de hoje é muito importante. As pessoas não têm noção do peso que estão tirando das minhas costas”, agradeceu a fundadora presidente da associação.

Na associação trabalham, atualmente, 17 funcionários registrados, que atuam na limpeza do espaço, nos cuidados à saúde animal e na manutenção da entidade. “Eu já fui voluntário na ADA e hoje faço um trabalho independente com a minha equipe. Mas, a ADA é a única ONG de Londrina que tem espaço físico. São duas chácaras com cerca de mil animais. Então, essa doação é muito importante. É uma quantidade bem significativa que, com certeza, vai fazer a diferença para os animais”, disse o vereador da causa animal, David Wisley.

Outras doações

As famílias em situação de vulnerabilidade social, cadastradas no programa Banco de Ração da Prefeitura, também já receberam ração doada pela Prefeitura neste ano. Foram 15.462 quilos de ração entregues a eles. Além disso, em 2020, outras 618 unidades de ração, pesando 9.270 quilos de comida animal já haviam sido entregues gratuitamente à ADA e para os protetores animais da Organização da Sociedade Civil de Interesse Público SOS Vida Animal.

Segundo a vereadora da causa animal, Daniele Ziober, de acordo com o quantitativo de cadastros confirmados no Banco de Ração de Londrina, seria necessário aplicar cerca de R$ 600 mil por mês para comprar ração para todos os animais que vem sendo cuidados. “Isso é muito difícil, por isso as entregas tem que ser esporádicas e fracionadas conforme vamos conseguimos dinheiro no fundo e vamos repassando para ajudar os animais”, explicou a vereadora.

O Banco de Ração de Londrina faz parte da política pública de bem-estar animal instituída pelo prefeito Marcelo Belinati em maio de 2018, sob a Lei Municipal nº 12.695. Ele foi o primeiro banco público criado no Brasil e tem servido de exemplo para muitos municípios, segundo Ziober.

De acordo com o secretário municipal de Planejamento, Orçamento e Tecnologia, Marcelo Canhada, essa política pública recente, criada por Marcelo Belinati, vem recebendo atenção da administração. “Antes não existia nenhum investimento na área, mas nós criamos a Diretoria de Bem-Estar Animal, com estrutura e condições para o trabalho de fiscais e veterinários; o Castramóvel e do Programa do Banco de Ração. Agora, há um esforço da administração para a criação do Centro de Bem-Estar Animal, que está com o projeto pronto e em fase final de cotação de orçamento. A ideia é lançarmos o edital de licitação nas próximas semanas”, contou Canhada.

De acordo com dados da Sema, cerca de 80% de todo o montante empenhado no momento já foi utilizado para a compra de alimento animal. O valor total gira em torno de R$ 280 mil. Além desse montante, mais R$ 70 mil devem se somar em breve, o que possibilita a compra de mais 13 toneladas de ração. A expectativa é que, na próxima semana, uma nova entrega de ração seja iniciada pela Sema, mas, dessa vez, será para as famílias vulneráveis cadastradas no Banco de Ração. As famílias que receberão o alimento serão chamadas pelos profissionais da Sema, que entrarão em contato por meio dos dados cadastrados no sistema.

NCPML

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