Prefeitura inicia obras de construção do novo Terminal Ouro Verde na região norte

Atual estrutura predial será demolida e o novo terminal ficará quase cinco vezes maior; um terminal provisório está sendo implantado para abrigar os passageiros e permitir o fluxo do transporte coletivo

A Prefeitura de Londrina deu início às obras de construção do novo Terminal Ouro Verde, na região norte, que será erguido do zero, ampliado e modernizado para melhor atender milhares de pessoas que utilizam diariamente o transporte coletivo neste local. Ontem (19), o secretário municipal de Obras e Pavimentação, João Verçosa, esteve no terminal para acompanhar os primeiros trabalhos e atender à imprensa. A ordem de serviço para as obras foi dada na última quarta-feira (12), e as primeiras movimentações começaram na quinta-feira (13).

Localizado no encontro entre as avenidas Winston Churchill e dos Amigos, no Parque Ouro Verde, próximo ao Estádio do Café, este terminal urbano de ônibus terá sua estrutura atual demolida e será totalmente transformado para a construção de um prédio novo neste mesmo espaço. Diariamente, cerca de 6.500 pessoas circulam pelo local, movimentando, em média, 13 mil passagens, em 14 linhas do sistema de transporte.

No local, as equipes da empreiteira responsável pela execução – a Costa Oeste Construções – já estão atuando diariamente com máquinas nos serviços preliminares, fazendo uma limpeza inicial e retirada de entulhos no terreno para onde o terminal atual será expandido posteriormente.

O novo Terminal do Ouro Verde terá estrutura predial ampliada em quase cinco vezes, levando em conta a área da edificação existente hoje. Assim, passará dos atuais 820,25 m² em área construída para um total de 3.874,27 m², após o término das obras (ver mais detalhes sobre os serviços abaixo).

Com o aumento da metragem, será possível construir uma nova pista, passando das duas faixas existentes hoje, para três no futuro; além de novas baias para os ônibus chegarem e um espaço para o estacionamento dos veículos. “O terminal atual será demolido e reconstruído um novo no lugar, com mais espaço, segurança e comodidade para os usuários que usam o terminal. A função dele é receber os ônibus que vêm de diversas linhas de transporte, porque ele é um terminal de transbordo, que a partir dele o usuário vai ao terminal central”, explicou o secretário de Obras e Pavimentação, João Verçosa.

Ao todo, a Prefeitura investirá R$ 12.610.351,08 para realizar a reconstrução do terminal urbano e todas as melhorias necessárias. O valor final da licitação ficou mais de R$ 1 milhão abaixo do montante máximo estipulado no edital, que foi de R$ 13,7 milhões, gerando, com isso, economia aos cofres municipais.

O prazo de execução é de 11 meses, e, portanto, a previsão de término e entrega é para junho de 2023. As obras seguirão projeto arquitetônico elaborado pelo Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Londrina (Ippul), contemplando as adequações necessárias do transporte coletivo no novo Sistema BHLS (Superbus).

O diretor de Transportes da CMTU, Wilson de Jesus, ressaltou que, graças às diversas melhorias recentes já realizadas pela Prefeitura, na abrangência da avenida Winston Churchill, os impactos no trânsito para esta obra deverão ser menores do que em outras reconstruções de terminais urbanos. A gestão do prefeito Marcelo Belinati entregou, em 2020 e 2021, respectivamente, a reconstrução dos terminais do Vivi Xavier e do Milton Gavetti, beneficiando milhares de pessoas.

“As obras de reconstrução da Winston Churchill permitiram uma série de melhorias nessa localidade, incluindo a região da rotatória do Terminal Ouro Verde. É claro que em intervenções amplas como essa sempre existem alguns transtornos ao fluxo de trânsito, mas dessa vez a expectativa é que as obras não gerem grandes problemas dessa natureza. Essa obra de reconstrução integra o pacote de implantação do Sistema BHLS em Londrina, para aprimorar a mobilidade urbana na cidade, o que engloba obras em vias públicas, duplicações, revitalizações, o viaduto da Dez de Dezembro, a trincheira entre avenidas Rio Branco e Leste-Oeste, e também a reconstrução de quatro terminais de ônibus, além de outras tantas outras ações”, comentou o diretor de Transportes.

Terminal provisório

Os serviços para a construção desta estrutura temporária começaram a ser executados ontem (19), no início da Avenida Lucílio de Held, quase esquina com Avenida Winston Churchill, bem próximo ao endereço do terminal original. O espaço será erguido entre as ruas Fulgêncio Ferreira Neves e Pastor Judithe do Carmo, terá 160 metros de extensão e deve levar cerca de 30 dias para ser finalizado. Após sua finalização terá início à construção do novo terminal. Assim, durante os 11 meses de execução da construção do novo terminal, a população utilizará o espaço provisório.

Com um terminal provisório, será possível abrigar os passageiros e permitir a continuidade do transporte coletivo diário neste local, sem causar prejuízos ao fluxo regular. Nele, haverá toda a estrutura necessária para o atendimento dos usuários do serviço de transporte, com pavimento em concreto, banheiros e guarita. Para isso, serão instalados dois contêineres de 2,30m x 6m para banheiro masculino e feminino; espaço para 55 pontos de ônibus; 690 metros quadrados de calçadas e uma guarita de 4 metros quadrados de alvenaria, além dos 452 metros de alambrado.

Segundo o secretário municipal de Obras e Pavimentação, João Verçosa, não será possível utilizar simultaneamente o atual terminal enquanto se executam as obras, porque o prédio atual será demolido. Dessa maneira, hoje, as obras já começaram pela limpeza do terreno dos fundos do Terminal Ouro Verde. Por isso, quem passar pela Avenida dos Amigos, que fica entre a Avenida Winston Churchill e a Rua da Sorte, verá máquinas pesadas, como retroescavadeira, trabalhando no local. O mesmo está ocorrendo na Avenida Lucílio de Held, onde será erguido o terminal provisório.

“O fato de não termos os ônibus circulando próximo a obra vai dar uma situação mais favorável para a execução do trabalho e para o trânsito dos materiais, dos funcionários e dos equipamentos, o que vai ser um fator positivo. Mas, o usuário precisará ter um pouco de paciência durante as obras, porque depois eles terão um terminal de primeiro mundo”, disse o secretário da pasta.

A Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU) instalará catracas neste terminal provisório, implantará sinalização viária e, assim como durante todas as outras etapas das obras, realizará desvios de trânsito sempre que for necessário. Segundo a CMTU, neste primeiro momento, não haverá nenhuma mudança no trânsito do entorno do Terminal do Ouro Verde. As possíveis alterações só deverão entrar em vigor depois da ativação da estação de embarque e desembarque provisória. Dessa forma, os motoristas que transitarem pela região onde os serviços estão sendo realizados devem prestar atenção nas sinalizações e desvios que a CMTU fará ao longo da obra.

Mais sobre o novo Terminal 

A renovação do Terminal do Ouro Verde será completa. As áreas de circulação de veículos serão expandidas, facilitando o fluxo dos ônibus, e os pontos de embarque e desembarque de passageiros também serão readequados. Toda a estrutura terá cobertura metálica com estrutura de isolamento térmico e acústico, áreas de proteção maiores, piso concretado robusto e adequado para ônibus mais pesados, além de mais resistentes em relação a altas temperaturas e desgaste pelo tempo.

No piso térreo, além das plataformas, haverá piso tátil, escadas e rampas acessíveis, guarda-corpos, bancos com encosto, guaritas de bilheterias e fiscalização, bicicletário e vestiários. Ainda terá áreas de circulação, hall, sanitários acessíveis e fraldário. O espaço contará também com paraciclo, lixeiras e tóten com braile.

O prédio terá, ainda, um segundo pavimento voltado apenas para a parte administrativa, com salas, copa e lavabos. As obras ainda contemplam instalações hidráulicas, elétricas, pintura, iluminação, sinalização, sistemas de voz, telefônico e de câmeras de monitoramento. Na área externa haverá novas calçadas com piso tátil, corrimãos, muros de divisa e grades, além de plantio de árvores no entorno.

Ana Paula Hedler e Renan Oliveira/NCPML