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Ações vão contribuir para a prevenção e o tratamento da obesidade e de doenças associadas em três municípios do Paraná que apresentam taxa de obesidade maior que 28%, a média nacional: Londrina (33%), Ponta Grossa (37%) e Maringá (39%).

Um projeto coordenado pela Universidade Estadual de Londrina (UEL) vai contribuir para a prevenção e o tratamento da obesidade e de doenças associadas em três municípios do Paraná que apresentam taxa de obesidade maior que 28%, a média nacional: Londrina (33%), Ponta Grossa (37%) e Maringá (39%).

Em trabalho de capacitação de profissionais da Atenção Primária à Saúde (APS), o projeto vai possibilitar que os usuários das Unidades Básicas de Saúde recebam orientações sobre alimentação saudável, atividade física e mudança de estilo de vida. A realização do projeto é possível com a captação de cerca de R$ 525 mil na Chamada 28/2020 do CNPq e Ministério da Saúde, aprovada em dezembro do ano passado.

Foram aprovados 13 projetos, sendo um de cada estado, com investimentos de mais de R$ 6 milhões. O foco é a capacitação de profissionais da saúde e gestores para organização e qualificação do cuidado às pessoas com Doenças Crônicas Não Transmissíveis, como diabetes mellitus, hipertensão arterial sistêmica e obesidade.

No Paraná, a UEL é proponente do projeto, tendo como colaboradoras as universidades estaduais de Maringá (UEM) e Ponta Grossa (UEPG).

Denominado “Formação de gestores e profissionais de saúde da APS do Estado do Paraná no enfrentamento da obesidade e fatores associados: análise de efetividade a partir de abordagem quali-quantitativa”, o projeto é coordenado pelo professor Denilson de Castro Teixeira, do Departamento de Educação Física, do Centro de Educação Física e Esporte (CEFE), e envolve outros 14 professores das áreas de áreas de Educação Física, Enfermagem, Farmácia, Psicologia, Medicina, Nutrição, Saúde Coletiva e, ainda, Medicina Veterinária.

Abrangência

Denilson Teixeira estima que mais de 350 profissionais serão capacitados pelo projeto. “Vamos atingir realidades distintas dentro dos próprios municípios, como periferia, área rural e região mais central. Teremos um poder de generalização importante porque vamos ter diversas realidades”, afirma.

Serão 36 meses de trabalho, divididos em três eixos. O primeiro é voltado para o levantamento de dados junto às Unidades Básicas de Saúde (UBS) para identificar e selecionar as que apresentam as maiores taxas de obesidade. O segundo eixo é de capacitação dos profissionais com Ensino Superior, como enfermeiros, médicos, fisioterapeutas, entre outros, a partir de métodos inovadores e elaboração de aplicativo para comunicação com os usuários.

“Não é só levar informação pronta, é troca de conhecimentos, porque eles têm a experiência e vivem a realidade das UBS. O desafio é unir tudo isso para ter o melhor resultado possível”, afirma o professor. O terceiro eixo é de divulgação dos resultados obtidos na pesquisa, para todos os níveis, desde revistas científicas até materiais informativos e educativos para a população.

Segundo Denilson, durante todo o período da pesquisa são feitas avaliações sobre a eficácia da capacitação com usuários, profissionais e gestores das UBS. O objetivo é que a metodologia aplicada seja testada e validada para que, futuramente, o Ministério da Saúde possa utilizá-la em ações nacionais de prevenção de doenças crônicas.

“Para a universidade é uma oportunidade fantástica participar de um processo dessa envergadura, com o Ministério da Saúde, com possibilidade de divulgar os resultados dessa pesquisa. É oportunidade para colaborar nesse contexto, porque essas doenças crônicas são as que mais matam no Brasil e no mundo”, destaca o professor.

Ações

Devido à pandemia da Covid-19, o início das ações do projeto foi adiado. Segundo Denilson Teixeira, já foram desenvolvidas etapas preliminares, como celebração de convênios com as universidades, prefeituras e Secretaria de Estado da Saúde do Paraná, além de organização do projeto e capacitação da própria equipe.

Neste primeiro semestre de 2021 estão sendo realizadas capacitações junto ao CNPq e o Ministério da Saúde para os participantes dos projetos aprovados, como o Seminário Marco Zero, que deve ser finalizado em maio. A expectativa da chegada dos recursos ainda neste semestre.

Participantes

Além do coordenador, Denilson de Castro Teixeira, também participam do projeto os professores da UEL Ester Massae Okamoto Dalla Costa, Patricia Silva Lúcio, Regina Célia Bueno Rezende Machado, Carlos Takeo Okamuraa, Clisia Mara Carreira, Eleine Aparecida Penha Martins, Wagner José Martins Paiva, Mara Solange Gomes Dellaroza e Silvia Nogueira Cordeiro. Da UEPG, são os professores Erildo Vicente Muller e Camila Marinelli Martins, e da UEM, Vanessa Denardi Antoniassi Baldissera. Ainda conta com a colaboração de Felipe Assan Remondi, da Secretaria de Estado da Saúde do Paraná.

AEN

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