Um esqueleto abandonado em uma das áreas de maior movimento em Londrina: esta é a obra do teatro municipal. Um projeto de 22 mil M², orçado em R$ 80 milhões, foi iniciado há mais de 10 anos, em 2012. Para resolver a situação, entidades sugerem alternativas. Para o Rotary Clube Londrina Norte, a construção de uma escola ou faculdade de belas artes seria o ideal.
A obra parou em 2014 e nunca mais foi retomada, utilizando R$ 8,5 milhões do orçamento. A estrutura agora abriga pessoas em situação de rua e usuários de drogas.
O Rotary tentou trazer para Londrina uma filial do Royal Ballet de Londres, o que acabou não se concretizando por falta de apoio. Pra eles, uma escola de artes fomentaria a área na cidade e fortaleceria ainda mais o espaço.
Segundo José Machado Botelho, secretário do Rotary de Londrina, "um amigo nosso foi com recursos próprios para Londres; essa seria a primeira unidade externa do Royal Ballet e nós não tivemos o apoio suficiente. Houve uma resistência local. As pessoas não viram o alcance que Joinville viu ao trazer o Bolshoi" comenta.
Foto: Tarobá News/Divulgação
Com as negociações, Londrina seria referência na América do Sul; um complexo cultural poderia abrigar todas as artes, festivais, cursos, apresentações e para todos os públicos, tornando a cultura acessível a todos.
"O Brasil é um enorme canteiro de obras abandonadas que não chegam a lugar nenhum. As administrações não podem deixar de terminar uma obra, porque não começou na sua gestão.Se nós tivermos a responsabilidade, no sentido da continuidade, de não deixar perecerem as obras em andamento, eu acho que nós estaríamos ganhando muita coisa" reflete José Machado.
Para tirar o projeto do papel, o Rotary sugere uma mobilização de toda a cidade para levantar os recursos públicos e também privados.
É impossível, atualmente, finalizar o projeto original, grandioso e caro demais. Por isso, o que se busca agora é uma atualização mais simples e viável.
João Verçosa, secretário de Obras do Município, diz que "é preciso ter um novo projeto, adequado, com custos possíveis de serem executados, pra gente angariar esses recursos no Governo Federal ou, talvez, no Governo Estadual. Mas, pra isso, é preciso haver um entendimento com o projetista, que, até então, não houve
(Escrito por Redação Tarobá News)
Leia também: