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No último final de semana, dia 28, cerca de 40 profissionais da Assistência Social e estudantes de Serviço Social participaram da atividade “Mundo do Trabalho e Mulheres: impactos e perspectivas para o exercício profissional da (o) Assistente Social”. O encontro, alusivo ao Dia da (do) Assistente Social, aconteceu na Chácara Alice.

A realização do evento foi uma parceria entre o CRESS-PR, o Fórum dos Trabalhadores do SUAS de Londrina e do GRASS (grupo de Assistentes Sociais da Saúde de Londrina e Região).

O objetivo do evento foi fortalecer a categoria e propiciar discussões acerca do cotidiano profissional da (do) Assistente Social. Os participantes assistiram a uma sobre o tema do encontro, ministrada pela professora doutora Queli Flach Anschau.

Para a coordenadora da seccional do CRESS-PR de Londrina, Liana Lopes Bassi, o evento foi uma excelente oportunidade para debater sobre como a questão do gênero, do feminino, incide sob o mercado de trabalho e traz diferenças muito importantes para as mulheres.

 “Majoritariamente, a profissão de Assistente Social é ocupada por mulheres. Então, tudo o que incide sobre as mulheres, incide também sobre os profissionais da classe trabalhadora composta por mulheres”, observou.

Ela também pontuou a palestra, no que diz respeito ao machismo estrutural e os impactos que ele causa no mercado de trabalho, e também os enfrentamentos que são necessários. Não apenas na atuação profissional das (dos) Assistentes Sociais, mas também das mulheres como usuárias das políticas públicas.

“Acabamos de viver dois anos de pandemia. E todos os estudos mostram que, para as mulheres, a pandemia foi duplamente perversa. Pois foram elas que tiveram que assumir atribuições em casa e fora de casa. A nossa sociedade coloca sob a mulher toda a tarefa do cuidado, que infelizmente não é partilhado socialmente e coletivamente. Isso já acontecia antes da pandemia, mas durante os últimos dois anos este acúmulo de funções foi muito maior”, analisou.

Para ela, a precarização do trabalho das mulheres com relação ao cuidado precisa ser, de forma urgente, debatida. E mais do que isso: “É uma questão que precisa ser enfrentada pelo conjunto dos trabalhadores. Precisamos ter uma sociedade onde o cuidado possa ser partilhado”, pontuou.

A secretaria da coordenação da seccional de Londrina, Luana Garcia Campos, destacou o fato da reunião ter sido presencial, após dois anos de reclusão pela pandemia.

“Tivemos a oportunidade de nos encontrarmos pessoalmente. E inclusive conhecer pessoas que, até então, a gente só conversava pelo computador”, disse.

Para Luana, o encontro permitiu olhar para os feitos da categoria nos últimos dois anos e também observar os novos desafios para a gestão da seccional.

“Olhar para esse desafio de uma gestão composta por pessoas que não tinham uma participação mais aproximada com o CRESS-PR, além de mim que já era da gestão anterior. E perceber o caminho percorrido de aproximação e mobilização da categoria, além de todo o aprendizado. Percebemos que conseguimos fazer muitas coisas apesar das dificuldades impostas pela pandemia e o distanciamento”, afirmou.

Ao final do evento, foi realizada indicação de delegadas, que serão referendadas em assembleia em Curitiba, para participar dos encontros descentralizado e nacional do Conjunto CFESS/CRESS.

Asimp/CRESS-PR

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