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Lideranças religiosas e profissionais da Rede de Enfrentamento à Violência vão discutir as estratégias e novas políticas públicas para a área

Nesta sexta-feira (5), às 10h, a Secretaria Municipal de Políticas para as Mulheres (SMPM) vai realizar um encontro para debater o enfrentamento da violência contra as mulheres nos espaços religiosos. A atividade será na sede na SMPM (Rua Valparaíso esquina com a Avenida Higienópolis) e contará com a presença das integrantes do Evangélicas pela Igualdade de Gênero (EIG) e da Rede de Enfrentamento à Violência Doméstica, Familiar e Sexual contra as Mulheres (REVDFS) de Londrina.

O objetivo da reunião é debater as políticas públicas de enfrentamento à violência, a fim de criar novas estratégias em conjunto à rede de enfrentamento, às representantes de lideranças religiosas e aos profissionais da área. Isso porque, de acordo com a secretária municipal de Políticas para as Mulheres, Liange Doy Fernandes, o trabalho em rede é necessário, pois a violência contra as mulheres acontece em todos os lugares, independente do contexto social, religioso, político e econômico.

Segundo a presidenta do Conselho Municipal de Direitos da Mulher (CMDM) e coordenadora regional do Evangélicas pela Igualdade de Gênero (EIG), Sueli Galhardi, o trabalho em rede é fundamental, para que a sociedade compreenda que a violência contra as mulheres é diferente da violência sofrida pelos homens, visto que esta última ocorre, em sua maioria, nas ruas. Já a violência contra as mulheres acontece em grande parte dentro de sua própria casa e locais em que a mulher busca se sentir mais segura. “Para seguirmos preparadas para o serviço, com uma rede qualificada, sem preconceitos, precisamos compreender a questão religiosa também como estrutural, daí a necessidade de intervenção do Estado. Isso se dá com apoio e encaminhamentos qualificados, escuta ativa, sem desprezar a dimensão de fé das mulheres”, disse Galhardi.

A coordenadora regional do EIG e presidenta do CMDM também lembrou que os estudos mais recentes têm demonstrado que as igrejas evangélicas pentecostais são compostas, em sua maioria, pela classe trabalhadora, formada em sua maioria por mulheres negras e empobrecidas. “Estes dados refletem a realidade substancial de nossa sociedade, portanto é realmente pertinente que nos debrucemos e nos qualifiquemos para este
público e, dentro dessa especificidade, enfrentemos as violências contra as mulheres em espaços religiosos”, completou.

NCPML

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