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Entrega dos prêmios aos primeiros colocados será nesta sexta-feira, durante um almoço especial aos professores e alunos participantes

Para conscientizar professores, estudantes e a comunidade em geral sobre os cuidados com o meio ambiente, o Consórcio do Rio Tibagi (COPADI),  com apoio da Fundação Milton Campos, vai premiar nesta sexta-feira (22), às 12 horas, os ganhadores do Programa de Educação Ambiental Pingo D`Água.

A celebração será durante um almoço em um restaurante, localizado na Rua Mar Vermelho, 555.
Pela segunda vez consecutiva um projeto da rede municipal de ensino de Londrina recebe o prêmio. A temática central deste ano foi: "As belezas, os problemas e as soluções ambientais na Bacia do Rio Tibagi". Dividido em duas categorias, que foram os projetos realizados pelos professores e as produções fotográficas feitas pelos alunos, o programa pretendeu chamar a atenção de todos para os cuidados com as águas da Bacia do Tibagi.

Ao todo, de acordo com a secretária executiva do COPADI, Ana Lucia Bonfá, 20 municípios banhados pela Bacia do Tibagi participaram do projeto, onde mais de 50 professores inscreverem seus projetos e 400 alunos enviaram suas fotografias. Entre os vencedores estão em primeiro lugar a professora Josilaine Amancio Corcóvia, do CEM Professora Vera Lúcia Pansardi Casagrande de Ibiporã, em segundo o professor Paulo Sérgio Kuya, da Escola Rural Municipal Padre França Wokers de Assaí e em terceiro, a professora Márcia Rejaine Piotto, da Escola Municipal Professora Maria Irene Vicentini Theodoro de Londrina. Todos os vencedores receberão um notebook como prêmio. Já os alunos classificados em primeiro, segundo e terceiro lugar vão ganhar uma bicicleta.

Projeto Londrina e Terras Indígenas - Esta é a segunda vez em que Márcia Piotto recebe este prêmio.
Desde 2017, a professora da rede municipal de Londrina vem desenvolvendo diversas atividades que visam repassar conhecimento aos alunos e à comunidade em geral sobre os cuidados com o meio ambiente e às nascentes.

O projeto vencedor desta edição teve como mote “Londrina e Terras Indígenas: semeando saberes e partilhando sementes”. Nele, a docente deu continuidade aos trabalhos desenvolvidos desde 2017 ampliando sua área de abrangência. Ela buscou incentivar os alunos e a comunidade a aprenderem mais sobre a proteção das águas das nascentes, a importância da separação do lixo reciclável e do orgânico, da destinação correta dos resíduos sólidos, do plantio de árvores no entorno das nascentes, principalmente aquelas localizadas no Córrego Carambeí e na Bacia do Rio Tibagi.

Isso porque após um levantamento histórico feito na região, a professora observou que a nascente do Córrego Carambeí, por exemplo, já teve águas cristalinas que podiam ser utilizadas para o consumo. Porém, com o passar do tempo e da ocupação irregular do espaço, elas se tornaram impróprias para tanto. Além disso, com estudos, descobriram-se ilhas de lixo em meio ao oceano e lixões a céu aberto em Londrina.

Contando com a ajuda de profissionais da Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU), da Secretaria Municipal de Ambiente (SEMA) e da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), de 2017 até o momento, foi possível revitalizar o entorno da nascente do Córrego Carambeí e parte das terras indígenas do Apucaraninha.

Nesses espaços, com a ajuda de caminhões e funcionários da CMTU foi feita a limpeza do lixo que estava descartado de forma irregular. Já a SEMA doou mudas de árvores   frutíferas e nativas para o plantio e os profissionais da Secretaria de Saúde deram palestras e orientações em saúde pública sobre as doenças comuns em locais com armazenamento errado de lixo, como a dengue, a esquistossomose, leishmaniose, doença de Chagas e o perigo da picada do escorpião.

Já a população ajudou construindo hortas comunitárias e participando de uma oficina sobre a reutilização de materiais recicláveis para artesanato. As peças produzidas através dessa atividade ficaram expostas na Biblioteca Pública Municipal Professor Pedro Viriato Parigot de Souza, durante 30 dias.  Os alunos do 4º ano da Escola Municipal Professora Maria Irene Vicentini Theodoro também foram até a aldeia levar mudas de árvores para a elaboração de um pomar na escola, localizada nas terras indígenas, às margens do Apucaraninha.

 “O projeto teve como objetivo a conscientização e a educação ambiental das crianças e da comunidade e deu certo. A comunidade hoje mantém a limpeza da nascente do Córrego Carambeí, as hortas comunitárias e os jardins que foram feitos no local. Nas terras indígenas, também foram plantadas árvores e eles estão cuidando do espaço. Agora, os moradores estão preocupados com as nascentes e querem protegê-las”, explicou a professora ganhadora do prêmio.
Além deste prêmio do COPATI, as ações receberam também o reconhecimento do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) e por duas vezes ganharam o prêmio de preservação ambiental do Festival Londrina Matsuri.

Ana Paula Hedler/NCPML

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