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A Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil, ligada ao Ministério da Integração Nacional, publicou nesta segunda-feira (08), no Diário Oficial da União, uma portaria reconhecendo a situação de emergência em três municípios paranaenses. Com a medida, os moradores de Marechal Cândido Rondon, que foi atingido por um tornado no dia 23 de novembro; de Querência do Norte, que sofreu com enxurradas no dia 21, e de Antônio Olinto, atingido por um vendaval em 16 de outubro, estão autorizados a sacar o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para arcar com os prejuízos causados pelos desastres. 

O reconhecimento da situação de emergência também permite que o governo federal encaminhe recursos para os municípios, com base nas informações fornecidas nos Planos Detalhados de Resposta, elaborados pelas prefeituras com o apoio dos técnicos da Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil. Além de prestar apoio às prefeituras, o órgão também distribuiu lonas, telhas e cestas básicas às famílias atingidas. 

“Depois de o Governo do Estado homologar os decretos dos municípios e dar o apoio inicial, o reconhecimento por parte do governo federal abre inúmeras portas para as prefeituras fazerem frente ao desastre”, afirmou o coordenador estadual de Proteção e Defesa Civil, tenente-coronel PM Edemilson de Barros. “Além do saque do FGTS e da destinação de recursos federais, os municípios podem fazer investimentos para recuperar os locais afetados sem a necessidade de abrir licitação”, explicou Barros. 

PREJUÍZOS – O vendaval em Antônio Olinto destruiu uma casa e danificou outras 142, deixando oito pessoas desalojadas. Os prejuízos públicos e privados foram superiores a R$ 4,3 milhões, principalmente no setor agrícola, já que várias lavouras ficaram danificadas. Em Marechal Cândido Rondon, o tornado danificou 1.422 residências, deixando 500 pessoas desalojadas, 20 desabrigadas e 31 feridas. Os prejuízos foram superiores a R$ 84 milhões. 

Em Querência do Norte, as fortes chuvas ocorridas de forma contínua durante o mês de novembro ocasionaram grandes prejuízos à malha viária do município, além de deixar 423 pessoas desalojadas. Várias estradas vicinais e vias urbanas ficaram intransitáveis, afetando 8.415 pessoas. A Defesa Civil calcula um prejuízo de mais de R$ 21 milhões com a agricultura, pecuária e as estradas danificadas. 

ÁGUAS DE NOVEMBRO – As chuvas constantes de novembro fizeram com que outros 20 municípios paranaenses decretassem situação de emergência: Bandeirantes, Colorado, Tapejara, Santa Cruz de Monte Castelo, Rondon, São José da Boa Vista, Amaporã, Carambeí, Sapopema, Grandes Rios, Laranjeiras do Sul, Farol, Planaltina do Paraná, Wenceslau Bráz, Cornélio Procópio, Nova Esperança, São Tomé, Guairaçá, Tuneiras do Oeste e Paraíso do Norte. 

Porém, de acordo com o Simepar, os prejuízos não foram maiores porque, apesar de contínuas, as chuvas não foram muito intensas. Em Curitiba, nos 30 dias de novembro, em apenas quatro o sol apareceu. As condições de umidade são consequência do fenômeno El Niño, que deve se estender até o final do verão. 

“Nós já havíamos previsto que a primavera iria apresentar chuvas acima da média, e esta condição se estende pelo verão, que é o período mais chuvoso do ano”, explicou a meteorologista do Simepar Sheila Paz. “A previsão para a próxima estação é de picos de calor antes da chuva e de poucos dias contínuos de sol. As chuvas acima da média merecem atenção principalmente nos locais mais vulneráveis”, disse a meteorologista. 

AEN
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