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Os trabalhos desenvolvidos pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP) nas Unidades de Conservação do Estado venceram, pelo segundo ano consecutivo, o Prêmio Expressão de Ecologia, maior premiação ambiental do sul do país

O case que conquistou a primeira colocação nessa 21ª edição do prêmio concorreu na categoria Conservação de Recursos Naturais é “Recuperação ecológica de Unidades de Conservação pelo controle de espécies exóticas invasoras”, apresentado pelas servidoras do órgão, Odete Carpanezzi e Junia Woehl. Em 2013, o trabalho vencedor do prêmio, na mesma categoria, foi a coletânea de pesquisas acadêmicas realizadas nas Unidades de Conservação do Estado.

“Os trabalhos desenvolvidos pelo IAP com Espécies Exóticas Invasoras já venceram três vezes na temática de conservação dos recursos naturais. Conquistamos o prêmio na 17ª, 20ª e, agora, na 21ª edição. É um reconhecimento do nosso trabalho e mostra que estamos no caminho certo”, disse Odete.

O Paraná também será premiado esse ano, na categoria Educação Ambiental, pelo programa Parque Escola que também é desenvolvido nas Unidades de Conservação em parceria com as escolas públicas.

Espécies exóticas invasoras

 
O Programa do Estado do Paraná para Espécies Exóticas Invasoras é pioneiro no país. O programa cumpre os acordos internacionais assumidos pelo Brasil e consiste em prevenir a introdução de novas espécies com potencial invasor e empreender ações para controlar e/ou erradicar as espécies que não são pertencentes aos ecossistemas paranaenses.

As espécies exóticas invasoras têm características que facilitam sua superpopulação porque não possuem predadores naturais, prejudicando as espécies nativas e podendo causar a redução e até extinção dessas espécies nos locais onde se instalam.

“A nossa colonização foi extrativista, mas também trouxe algumas espécies de outros lugares para o nosso ambiente, por isso o Programa é tão importante. O trabalho desenvolvido pelos técnicos da instituição serve como exemplo para outros Estados e a premiação recebida comprova isso”, explicou o presidente do IAP, Luiz Tarcísio Mossato Pinto.

Apesar de ter sido lançado oficialmente em 2009, o IAP vem trabalhando na erradicação de espécies exóticas desde a década de 1980 no Parque Estadual de Campinhos, em Tunas do Paraná. Já em 2005, a portaria do IAP nº 192 determinou que as espécies exóticas devem ser retiradas das Unidades de Conservação de Proteção Integral de forma planejada.

O Estado também foi o primeiro a publicar uma lista com espécies de plantas e de animais considerados exóticos invasores. “A primeira lista foi publicada em 2007 e agora estamos trabalhando 2ª atualização”, explicou Junia. A lista atual contempla 69 espécies de fauna e 54 de flora.

“O programa garante qualidade na conservação dos nossos ecossistemas, uma vez que temos um constante trabalho de manutenção das espécies nativas e controle populacional das que não são originais do Paraná. É um trabalho difícil, pois é manual e precisa do contato direto com as espécies, o que exige tempo e pessoal”, explica o diretor de Biodiversidade e Áreas Protegidas, Guilherme Vasconcellos.

Até o momento foram realizadas ações para erradicação e controle em 22 Unidades de Conservação do Estado, totalizando 15.253,55 hectares, o que representa 17% da superfície total desses locais. Estas áreas estão sendo reinseridas ao processo de conservação, uma vez que o manejo para erradicação e controle das invasões representa apenas o início do processo.

Outros resultados obtidos com o Programa foram: 17 projetos de pesquisa para recuperação das áreas instalados nas Unidades de Conservação; Estabelecidas diversas parcerias com universidades e entidades para recuperar Unidades de Conservação; Realização de cinco cursos de capacitação para controle e manejo de Espécies Exóticas; Treinamento para 400 técnicos em manejo de Espécies Exóticas; Cinco trabalhos apresentados em Congressos Internacionais e dois em Congressos Nacionais; 100 mil mudas de espécies nativas plantadas nas áreas em recuperação; e Realização de oito mutirões com voluntários para retirada de Espécies Exóticas nas Unidades de Conservação.

Prêmio
 
O Prêmio Expressão de Ecologia foi criado em 1993 pela Editora Expressão, um ano após a Conferência Mundial do Meio Ambiente no Rio de Janeiro – a Eco 92. A ideia do prêmio era divulgar as ações ambientais das empresas da região Sul do Brasil e incentivar que outras seguissem o mesmo caminho.

Em vinte anos, o Prêmio Expressão de Ecologia registrou 2.160 cases inscritos, das principais empresas, Ongs, prefeituras e entidades da região Sul, batendo recordes de inscrições a cada ano.

O Prêmio Expressão de Ecologia tornou-se a maior premiação ambiental do país no segmento empresarial, com reconhecimento do Ministério do Meio Ambiente.

Asimp/IAP
 
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