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Tecnologia utilizada para desassoreamento das lagoas permitirá a otimização do tratamento de esgoto, efluente mais limpo no rio e minimização do odor

O Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Samae), de Ibiporã, está investindo cerca de R$600 mil na recuperação da Estação de Tratamento de Esgoto da região Norte - ETE Norte (saída para Sertanópolis). As três lagoas anaeróbias (mecanismos para o tratamento de esgotos domésticos e despejos industriais com alto teor de matéria orgânica. Este mecanismo trabalha em condições estritamente anaeróbias, ou seja, na ausência de oxigênio dissolvido em meio aquoso) estão comprometidas pelo assoreamento e estão sendo recuperadas.

A autarquia vem se capitalizando nos últimos dois anos e meio, reduzindo gastos e otimizando suas despesas, e hoje possui recursos para investimento em obras de grande porte como esta. Por meio de licitação, uma empresa especializada do interior de São Paulo foi contratada para executar o trabalho de dragagem, deságue, contenção e armazenamento de lodo a ser retirado das lagoas de tratamento do esgoto, utilizando uma tecnologia chamada de filtro bag.  “Neste processo há o bombeamento do material por sucção, sua filtragem e consolidação, acondicionando os resíduos nos bags (geoformas de tecido geotêxtil - material polimérico inerte e de baixo impacto ambiental) de forma que a parte líquida seja automaticamente drenada e a parte sólida fique retida. Ao longo do tempo, ocorre a desidratação do material contido. A água drenada é levada novamente para as lagoas, sem o resíduo do lodo. Quanto à parte sólida, alguns estudos serão feitos para sua destinação”, detalha o diretor presidente do Samae, Edivaldo de Paula, o “Peri”.

Os bags estão dispostos sobre uma camada de brita de 10 centímetros no leito de secagem, que possui uma manta de impermeabilização do tipo geomembrana impedindo a contaminação do solo pelos resíduos. O leito de secagem foi executado com mão de obra própria do Samae e apoio da Secretaria Municipal de Obras, que disponibilizou as máquinas.

De acordo com Peri, o emprego da tecnologia permitirá a otimização do tratamento de esgoto, efluente mais limpo no rio e minimização do odor. “Retirando o lodo acumulado nas lagoas de estabilização, aumenta-se o volume útil necessário para o tratamento do esgoto bruto, e também o tempo do esgoto dentro das lagoas, melhorando a eficiência de tratamento. A expectativa é que um efluente mais limpo seja lançado no rio”, explica o diretor presidente.

Outra vantagem é a redução nos custos do transporte e destinação final do material. “O lodo quando é destinado a um aterro é pago por peso, tonelada. Obviamente o material desidratado fica muito mais barato, pois há uma redução de cerca de 20% do volume inicial”, ressalta. Uma batimetria (medição da quantidade do lodo depositado nas lagoas) apontou que 13 mil m³ de lodo (o que corresponde a 910 toneladas depois de desidratado) devem ser retirados das três lagoas da ETE Norte. A previsão é que os trabalhos sejam concluídos em três meses.

ETE Sul

O Samae também realizará a recuperação da Estação de Tratamento da Zona Sul (ETE Sul), situada perto da ponte do Ribeirão Engenho de Ferro, próximo ao Conjunto Habitacional Miguel Petri. “As duas lagoas anaeróbias estão com 90% do sistema comprometido pelo assoreamento. Já está praticamente concluída a licitação para contratar a empresa que executará o mesmo projeto desenvolvido para o desassoreamento das lagoas da ETE Norte”, afirma Edivaldo de Paula. Os investimentos, com recursos próprios, também são da ordem de R$600 mil.

Peri acrescenta que a autarquia está elaborando um termo de referência para o desassoreamento do lago de captação do Ribeirão Jacutinga.

NCPMI

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