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“Pró Igapó” visa unir sociedade civil, poder público e empresas, para monitorar e patrocinar a recuperação do lago

Ontem (21), foi realizado, em Londrina, o lançamento do Projeto Pró Igapó, cujo objetivo é recuperar o Lago Igapó da poluição e sujeira que ao longo dos anos foi aumentando. A iniciativa é uma parceria entre a Bioconsult – Agronegócios e Ambiem, detentora da Tecnologia EM (Effective Microorganisms) no Brasil, que será utilizada para a recuperação do lago, e conta com apoio da Prefeitura de Londrina.

O lançamento foi realizado no auditório da Associação Comercial e Industrial de Londrina (Acil) e contou com a presenta do assessor de Assuntos Estratégicos da Prefeitura, Luiz Figueira de Mello, que representou o prefeito Marcelo Belinati. Com o lema “Uma ação da sociedade civil com apoio do poder público”, o projeto propõe um trabalho conjunto entre a sociedade civil, órgãos oficiais municipais e estaduais, empresas e o Fórum Desenvolve Londrina, para monitorar e patrocinar a recuperação do lago.

Para fazer a recuperação do lago, será utilizada a tecnologia probiótica e natural EM, elaborada com microrganismos eficazes que aceleram a decomposição natural de matérias orgânicas. A tecnologia está presente em 112 países e já trouxe resultados positivos em diversos lagos e rios no Brasil e em todo o mundo. Segundo o engenheiro agrônomo e responsável técnico do projeto, Reinaldo Martins Righetti, trata-se de uma tecnologia biológica, que permitirá a remoção de maus odores, coliformes fecais e outros contaminantes do Lago, além da recuperação do lodo sedimentado.

Para isso, serão inseridos, no Lago Igapó, milhares de Mudballs (pequenas bolas compostas por lactobacilos, leveduras e bactérias fotossintéticas), as quais promovem um processo de fermentação antioxidante benéfico, que acelera a decomposição da matéria orgânica e promove o equilíbrio da flora microbiana. Quando os Mudballs são adicionados na água, as bactérias contidas nestas bolinhas começam a decompor o lodo e consumir os gases nocivos, fazendo com que os mau cheio seja contido.

Righetti informou que os Mudballs colocados no lago serão capazes de consumir um metro cúbico de lodo sedimentado em 40 dias. “Estamos falando em remover no mínimo 60% de todo lodo sedimentado que se encontra no Lago Igapó atualmente”, contou. Segundo ele, o processo de tratamento deverá ser realizado não apenas no Lago Igapó, mas em toda a bacia hidrográfica do Ribeirão Cambé, seus afluentes e lagos.

No primeiro momento o projeto deverá ter duração de um ano e será monitorado pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP); Secretaria Municipal do Ambiente (Sema); Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) e Instituto das Águas. O monitoramento será feito por meio da análise das águas, com o objetivo de restabelecer os parâmetros adequados ao uso do lago de forma segura e totalmente livre de contaminações ambientais.

O assessor de Assuntos Estratégicos da Prefeitura, Luiz Figueira de Mello, explicou que a prefeitura apoia este movimente da sociedade civil, que cuida do grande ícone da cidade que é o Lago Igapó. “Estamos vendo isso como uma oportunidade para também sensibilizar e chamar a atenção dos cidadãos, para que a população possa fazer parte do processo de gestão da cidade. Sabemos que a tecnologia que será utilizada aqui é bastante testada e comprovado no mundo, mas para termos uma solução permanente no lago, esta ação precisa contar com a colaboração de todos”, frisou.

Abraço no lago

O início do tratamento da limpeza no Lago Igapó será realizado durante o 10º Abraço no Lago, que será realizado no dia 23 de setembro. O evento é uma realização do Conselho Municipal de Cultura da Paz, em parceria com a Organização Não Governamental (Ong) Londrina Pazeando. Durante a ação, serão disponibilizados 10 mil Mudballs, para que toda a população possa jogar no lago, dando início ao tratamento do Igapó. Após o evento, a iniciativa se estenderá para toda a bacia hidrográfica do Ribeirão Cambé.

O gestor da Ong Londrina Pazeando e um dos organizadores do evento, Luiz Claudio Galhardi, convidou toda a população de Londrina, incluindo crianças, jovens e idosos a participar do Abraço no Lago e ajudar a jogar os Mudballs. “Estamos muito felizes em sermos parceiros desta iniciativa e temos certeza de que será um momento muito bonito, que registrará o início do tratamento na bacia do Lago Igapó”, ressaltou.

Encontro

Antes, no dia 14 de setembro, a partir das 8h30, será realizado um encontro promovido pelo Grupo de Estudos Avançados sobre o Meio Ambiente (GEAMA), na Universidade Estadual de Londrina (UEL), com o tema “Lago Igapó em Londrina: Possiblidades de Revitalização”. O objetivo é debater cientificamente as soluções para a revitalização do lago, apontando quais os estudos e as possibilidades de despoluição e desassoreamento dos quatro lagos igapós da cidade.

Entre os presentes na solenidade de lançamento, estavam o  diretor de Inovação e Transferência de Tecnologia do IAPAR, Adelar Antonio Motter; o vice-presidente da Associação Londrina Nishinomiya, Luiz Hiroshi Omoto; o presidente da ACIL, Claudio Tedeschi e a presidente do Compaz, Maria Aparecida Prandini Pereira.

Dayane Albuquerque/NCPML

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