Digite pelo menos 3 caracteres para uma busca eficiente.

O governador Beto Richa esteve nesta quinta-feira (14) em Londrina, na região Norte do Paraná, para conferir os estragos provocados pelas chuvas desta semana. Richa também foi a Rolândia, sobrevoou Jataizinho e foi a Iguaraçu, no Noroeste, cidades que estão entre as 44 atingidas por inundações, deslizamentos e enxurradas, com destruição de pontes, estradas rurais, danos em residências e ao patrimônio público.

“Os prejuízos computados se aproximam dos R$ 100 milhões, conforme informações que chegam à Defesa Civil Estadual e à Secretaria da Infraestrutura e Logística”, disse o governador, em coletiva à imprensa concedida na rodovia PR-445, onde a ponte sobre o Rio Cafezal foi alagada e ficou interditada durante dois dias.

Richa afirmou que o Governo do Estado está mobilizado para apoiar os municípios. “As equipes da Sanepar trabalham 24 horas, já que muitas cidades da região estão com abastecimento de água comprometido, muitas estações de tratamento foram inundadas. Da mesma forma, a Copel tem feito um trabalho muito intenso para garantir que não falte energia elétrica em casas e empresas", disse o governador.

Neste momento, afirmou Richa, o governo prioriza situações mais emergenciais. “E não poderia ser diferente, pois não há dinheiro para resolver tudo em um curto espaço de tempo”, disse. O governo estadual libera recursos aos municípios com situação de emergência reconhecida. “Também estamos disponibilizando óleo diesel para o trabalho das máquinas municipais na recuperação das estradas rurais." 

“Para os municípios atingidos que têm financiamentos junto a Fomento Paraná, nos próximos três a seis meses ficam dispensados do pagamento de suas prestações, para que possam ter mais recursos para investir na reconstrução de suas cidades”, anunciou o governador.

"Os empreendedores que tiveram suas empresas danificadas podem ter acesso a uma linha de crédito especial para ajudar na retomada das atividades”, completou o governador. O crédito é no valor de até R$ 15 mil, para capital de giro, e está disponível em municípios que decretarem estado de emergência ou de calamidade pública.

PARCERIA – O prefeito de Londrina, Alexandre Kireeff, disse que um primeiro levantamento, apresentado ao governador, mostra a destruição de 19 pontes, 400 quilômetros de estradas rurais completamente desvatadas, além de danos ao patrimônio público urbano. O levantamento completo deverá ser concluído até o fim da semana. 

“Esse primeiro levantamento aponta prejuízos que já superam R$ 35 milhões e a tendência é que se aproximem dos R$ 50 milhões”, disse o prefeito. “Agora, começamos as tratativas para a parceria com o Governo do Estado para que esses recursos sejam aportados ao município possam ter agilidade na reação e recuperação dos estragos”, afirmou Kireeff. 

Segundo ele, na área urbana, já foram feitos muitos consertos, readequação de vias públicas e desobstruções. Na zona rural, a prioridade são as regiões isoladas por causa de queda de pontes. 

PARA AS FAMÍLIAS – O chefe da Casa Militar e coordenador estadual da Defesa Civil, coronel Adilson Castilho Casitas, disse que até sexta-feira (15), 44 municípios deram entrada no sistema informando danos e prejuízos com alagamento, enxurradas e deslizamentos. 

“É fundamental que todos os municípios coloquem suas informações no sistema na Defesa Civil para avaliarmos os que atingem os critérios exigidos para decretação de situação de emergência”, disse Castilho. A situação de emergência agiliza repasse de recursos do Estado e da União para recuperação dos danos. 

Adilson Castilho conversou com o ministro da Integração Nacional, Gilberto Occhi, sobre a possibilidade de as famílias que tiveram suas residência atingidas sacarem o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), para repor seus pertences. “A ideia é que elas possam sacar o FGTS, mesmo que os municípios não atinjam o índice para o decreto de situação de emergência”, disse. 

ROLÂNDIA - Em Rolândia, o abastecimento de água está comprometido e todas as pontes foram danificadas. Há áreas alagadas no Centro e nos bairros Teresópolis, Tami Nagatami e Caviúna. Segundo a Defesa Civil, as enxurradas afetaram, até agora, 1.238 pessoas, sendo que mil estão desalojadas. No município, 50 foram danificadas e 15 ficaram destruídas. 

JATAIZINHO - No município de Jataizinho, a Vila Frederico, que é margeada pelo Rio Jataí e apresenta problemas históricos com as chuvas, está inundada. Em toda a cidade são 6.151 pessoas afetadas, 350 desalojadas e 50 desabrigadas. Uma casa foi destruída.

AEN
#JornalUnião

Utilizamos cookies e coletamos dados de navegação para fornecer uma melhor experiência para nossos usuários. Para saber mais os dados que coletamos, consulte nossa política de privacidade. Ao continuar navegando no site, você concorda integralmente com os termos desta política.