Em seis meses, Secretaria de Saúde castra 188 cães e gatos em Tamarana
Pela primeira vez na história de Tamarana, a prefeitura começou a colocar em prática uma ação para reduzir e controlar o alto número de cães e gatos em situação de abandono ou semiabandono na cidade.
Estimativas apontam que, em todo o município, há ao menos 1.000 animais nessa condição. Diante desse quadro, a Secretaria municipal de Saúde abriu licitações para contratação de clínica veterinária para dar início a um amplo trabalho de castração dessa superpopulação.
A iniciativa, executada pela Vet Costa, de Faxinal, teve início em maio de 2019 e, até o início de novembro, já havia castrado 188 animais (quantidade que abrange cães e gatos de ambos os sexos e de todos os portes). Há mais 140 procedimentos a serem feitos. De início, a prefeitura destinou R$ 64.885,00 para o projeto, mas o objetivo da Saúde é tornar a ação contínua.
Após os animais serem cadastrados pelos donos na Secretaria de Saúde, a clínica veterinária vem buscá-los em Tamarana, leva-os para a cirurgia e devolve-os para os próprios responsáveis, que também recebem medicamentos para a recuperação pós-operatória dos bichinhos.
"Antes de adquirir um cão ou gato, é preciso saber se todo mundo de casa aceita e se existem condições financeiras e espaço para mantê-los. Um dos fatores que levam ao abandono dos animais é o cruzamento indesejável e, por isso, a necessidade da castração", alertou a coordenadora da Vigilância Sanitária do município, Roseli Alves.
"Já evitou o nascimento de mais de 400 filhotes", estimou o vereador Hector Siena Gobetti quando perguntado sobre os resultados do trabalho. O parlamentar atua junto a um grupo de tamaranenses que, voluntariamente, dedicam-se à causa animal.
Os voluntários entendem que a castração é o único método eficaz o suficiente para, em médio a longo prazo, resolver o problema de cães e gatos soltos pelas ruas. O vereador informou ainda que pretende apresentar um projeto de lei para punir casos de maus tratos e abandono.
"Se você tem teu cachorrinho, você tem que pôr ele do portão para dentro. E não deixar na calçada, na rua", acrescentou a secretária municipal de Saúde, Dalva Siena.
Arrecadação de tampinhas
Aliás, a própria secretária, em uma iniciativa também apoiada por uma rede de voluntários, tem recolhido tampinhas de garrafas plásticas para bancar ações em prol dos animais de rua – entre elas, a castração.
Batizado de "Na Minha Rua Mora um PET", o projeto começou em março de 2019 e já conseguiu reunir mais de uma tonelada de tampinhas. Todo esse montante, além de evitar a poluição do meio ambiente, servirá para cuidar de cães e gatos sem lar.
Dalva Siena salientou que qualquer um pode coletar tampinhas e, assim, ajudar a causa. Para saber mais, é só acessar esta página: http://bit.ly/naminharuamoraumpet
Lucas Marcondes Araújo/Asimp
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