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Quantidade de criadouros de dengue cai, mas número de pessoas infectadas aumenta

A quantidade de criadouros do mosquito transmissor da dengue em Tamarana teve queda. Em março de 2019, o Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa) havia apontado taxa de 8,8%, uma das maiores dos últimos anos. Já em maio, o percentual caiu para 5,3%. Apesar da redução, o número mantém a cidade em condição de alto risco, conforme alertou o coordenador municipal de Combate a Endemias, Guilherme Garcia.

O mais recente LIRAa vistoriou 244 imóveis: foram encontrados focos do Aedes aegypti em 13 deles – situados, aliás, em bairros distintos da zona urbana. A pesquisa ocorreu de seis a 10 de maio. Garcia frisou que, embora as temperaturas estejam mais baixas nos últimos dias, a população precisa continuar atenta em relação ao problema.

"A forma de combater [a dengue] não é novidade para ninguém: é não deixar água parada. Pedimos a colaboração dos moradores para que cada um faça sua parte", resumiu o coordenador, ao destacar que, novamente, o levantamento descobriu focos em objetos de fácil limpeza e remoção – entre eles, uma chaleira e um copo de liquidificador.

Além do LIRAa ter se mantido em percentual expressivo, 16 habitantes já foram infectados pela dengue em 2019. Desse grupo, 12 casos são autóctones (ou seja, a doença foi contraída em Tamarana) e outros quatro são importados (têm origem em outros municípios). "O vírus está em Tamarana. Ainda que a gente esteja saindo da época crítica, não se deve facilitar. É preciso mudar o hábito de acumular coisas no quintal que podem se tornar criadouros", reforçou o diretor municipal de Ação em Saúde, Leandro Feronato.

Diante desse quadro, a Secretaria municipal de Saúde realizou bloqueios para aplicação de veneno contra o mosquito em praticamente toda a área urbana do município. E ainda, logo ao início de abril, a Prefeitura de Tamarana fez um amplo mutirão de limpeza na cidade para recolher e dar destinação correta para diferentes itens: desde eletrodomésticos e eletrônicos até restos de construção e de jardinagem.

Colaboração com agentes

Por fim, o coordenador municipal de Combate a Endemias pediu a colaboração da comunidade com os agentes do setor. Os profissionais visitam os imóveis, em média, a cada dois meses e não é raro se depararem com locais fechados, além de casos de recusa. "Infelizmente, também existem algumas pessoas que tratam mal os agentes de endemias. A gente tem que lembrar que eles estão trabalhando, fazendo a sua parte", afirmou Guilherme Garcia.

Lucas Marcondes Araújo/NCPMT

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