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Ocorrência de criadouros do mosquito da dengue cai para menos de 1% em Tamarana

A quantidade de focos do mosquito da dengue em Tamarana caiu significativamente ao longo dos últimos meses, conforme o Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa). Se em janeiro deste ano o LIRAa havia sido bastante elevado, de 11,2%, a mais nova amostragem, realizada de 08 a 10 de junho pela equipe de Combate a Endemias da Secretaria municipal de Saúde, contabilizou uma infestação de 0,4%.

"É um índice muito pequeno de criadouros do Aedes aegypti. É resultado de um trabalho conjunto", avaliou o diretor municipal de Ação em Saúde, Leandro Feronato, ao argumentar que esforços coletivos praticados pelo setor de Combate a Endemias e outras unidades da Secretaria de Saúde, demais pastas da Prefeitura de Tamarana, o Poder Legislativo local e a sociedade civil deram resultado na luta contra o mosquito.

Feronato observou que o tempo menos chuvoso e de temperaturas mais amenas – características típicas do outono – também contribuíram para o resultado. A título de comparação, o índice era elevado durante o mesmo período do ano passado: o LIRAa feito em maio de 2019 somou uma infestação de 5,3%.

Segundo o coordenador municipal de Combate a Endemias, Guilherme Garcia, o levantamento visitou 235 imóveis de todas os bairros da zona urbana e encontrou somente um criadouro. As larvas estavam em uma caixa d'água utilizada para captar a água da chuva. Os outros três focos localizados pela equipe eram de espécies diferentes de mosquitos.

Garcia lembrou, no entanto, que, para o número se manter baixo, a população deve fazer do combate à dengue uma tarefa a ser executada em todas as épocas do ano. "É um tipo de cuidado que vai do próprio munícipe. Cuidando de seu quintal, deixando o lixo para os coletores levarem, em vez de simplesmente descartar do outro lado da rua ou em terreno baldio".

Além disso, o diretor de Ação em Saúde defendeu que o atual percentual demonstra que é possível conter a incidência das larvas do mosquito sem recorrer a métodos como a aplicação de veneno nos imóveis dos moradores – ação que, de acordo com ele, pode reduzir a população de demais insetos necessários ao equilíbrio ambiental

"Se a gente tiver sempre um LIRAa menor que 1%, nunca vai precisar jogar inseticida na cidade. [...] A gente sabe que aquele veneno tem uma eficácia muito baixa para [combater] o Aedes aegypti. Ele mata abelhas, vespas, vagalumes e diversos outros insetos. Isso é necessário, na verdade, quando a gente tem um índice fora de controle como estava, de 11,2%. Esse índice, de 0,4%, serve para mostrar que é possível – se a gente fizer a limpeza dos quintais e virar todos os recipientes que podem acumular água – controlar os focos de Aedes aegypti sem veneno", afirmou Feronato.

Casos confirmados

De julho de 2019 até na sexta-feira (19), a dengue infectou 279 pessoas em Tamarana. O número consta no mais recente boletim epidemiológico de casos da doença divulgado pela Secretaria municipal de Saúde. As notificações de casos suspeitos alcançaram o montante de 844 pacientes. O período não tem registro de óbito pela doença. "Se a gente não tem focos, não tem contaminação de pessoa para pessoa no município", resumiu o diretor de Ação em Saúde.

Lucas Marcondes Araújo/Asimp

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