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Profissionais do IPPUL compilaram informações técnicas em imagens fotográficas de satélite cedidas pelo projeto InterACT-Bio para a região metropolitana

Na  quarta-feira (10), os municípios integrantes da Região Metropolitana de Londrina se reuniram para debater os avanços realizados no Projeto InterACT-Bio, que objetiva a inclusão dos serviços ambientais no planejamento territorial. O encontro teve início às 9h30 e prosseguiu até as 16h, no auditório da Prefeitura de Londrina, na Avenida Duque de Caxias, 635, no Centro Cívico.

O evento contou com gestores dos municípios de Cambé, Tamarana, Sertanópolis, Ibiporã e Londrina, além de representantes da Sanepar, da Associação dos Municípios do Médio Paranapanema (Amepar), Instituto das Águas do Paraná, Instituto de Desenvolvimento de Londrina (Codel), da Secretaria de Agricultura de Londrina e do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Londrina (IPPUL).

Durante o encontro, a assessora de Políticas Sustentáveis e Integração Metropolitana, Roberta Silveira Queiroz, e profissionais da Prefeitura de Londrina apresentaram o trabalho de mapeamento do relevo e do solo da região metropolitana, realizado por meio de imagens fotográficas de satélite cedidas pelo Projeto InterACT-Bio.

O trabalho de compilação de dados foi feito pelos profissionais do Georreferenciamento do IPPUL, de novembro de 2016 a julho de 2017. Ele uniu informações técnicas sobre os usos e ocupação do solo da região, com dados sobre as áreas com possibilidade de alagamentos e inundações, mananciais de abastecimentos e drenagem, assentamentos e ocupações em fundo de vales, regiões com possibilidades de desastres naturais, áreas de drenagens de toda a região, a combinação entre limites administrativos, a cobertura da rede rodoviária e as características paisagísticas importantes.

As imagens originais foram obtidas gratuitamente pelo Município, por meio do Projeto InterACT-Bio, que as obteve do satélite do Centro de Biodiversidade e Resiliência da África do Sul. As fotos originais e as imagens com as camadas de dados técnicos, além de um software livre foram disponibilizados aos representantes dos municípios da região metropolitana. Eles poderão manuseá-las e criar produtos através delas conforme a demanda local.

Roberta contou que são várias etapas do projeto e em cada uma delas teve um grande avanço. No último,foi tirado o eixo de atuação que são os recursos hídricos promotores da mudança cultural, que engloba tanto o poder público quanto a melhoria da sociedade civil em prol da redução dos desastres ambientais e qualidade da biodiversidade, de forma a prover os serviços ambientais para a população. “Se não há prevenção, acaba-se gerando ônus e prejuízos para os municípios”, frisou.

Entre os serviços abrangidos estão a melhora na qualidade do clima, do ar, da água, a regulação do clima e qualidade do solo, de maneira a melhorar aspectos ambientais, sociais, de produtividade da região, de mobilidade urbana. Assim, com os mapas, os municípios conseguem definir as áreas de atuação e criar um calendário de ação individuais e coletivas.

De acordo com a gestora territorial e geógrafa da Prefeitura de Londrina, Carolina Nunes França Acosta, as imagens podem ser trabalhadas de forma a ajudar os gestores a melhorarem as ações de forma preventiva. Nelas, há informações sobre curva de nível, isometria e declividade de toda a região metropolitana, além da classificação do uso do solo, do potencial de inundação da região.

“De um em um metro até cinco metros foi feita a espacialização do potencial de inundação. Então, se o nível do rio subir um metro terá como saber as regiões com possíveis alagamentos. Consegue-se ter uma visão macro dos locais sujeitos às possíveis inundações, principalmente em episódios de chuva intensa que temos tido ultimamente. Assim, consegue-se prever e tomar as medidas preventivas. Nos usos e ocupação do solo, por exemplo, as informações subsidiaram o mapeamento do Plano Diretor e identificamos as áreas com certas aptidões, como para os estudos de viabilidade para novos cemitérios”, explicou a gestora territorial.

Segundo Roberta, com a apresentação dos dados e dos dois últimos workshops será criado o Plano de Ação dos Municípios da região metropolitana, seguindo as normas do Estatuto da Metrópole. Além disso, surgiu a demanda de criar uma capacitação para os servidores dos municípios para operacionalizar as imagens e realizar projetos em âmbito municipal. Em breve deve ser realizado um novo workshop do grupo.

Ana Paula Hedler/NC/PML

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