Rolândia: Ato simbólico marca o fim da intervenção municipal no Hospital São Rafael
Ontem, dia 11 de abril, no saguão da prefeitura municipal, o prefeito de Rolândia Ailton Maistro, a secretária de Saúde, Karla Ulinski e o presidente e diretor administrativo do Hospital São Rafael, Paulo Boçois de Oliveira, fizeram um ato simbólico que marcou o encerramento do processo de intervenção municipal sobre o Hospital São Rafael.
A intervenção municipal, na modalidade requisição administrativa de bens, empregados e serviços da unidade, começou em 15 de setembro de 2015. Agora, a administração do Hospital volta para a Associação Beneficente São Rafael.
Participaram ainda do evento a primeira-dama Ana Maria Mungo Maistro, o vice-prefeito Márcio Vinícius, o Procurador Geral Wilson Sócio Júnior, a secretária de Administração Ana Regina Zubiolo, a secretária de Compras, Licitação e Patrimônio Maria Gorla Fernochi, a secretária de Educação Leise Camargo, a chefe da 17º Regional de Saúde Lúcia Lopes, os vereadores Reginaldo Silva (presidente da Câmara), Professora Janaína Beneli, Cristina Piereti, Sandro Leonardi, Guilherme Spanguemberg e Vilmar Boy, diretores e servidores do Hospital São Rafael, o presidente da ACIR Fábio Fernandes da Silva, representantes do CODESE, Servidores Municipais e representantes da comunidade.
Por quê uma Intervenção Municipal?
O Hospital ia fechar. Com muitas dívidas e dificuldade de conseguir certidões para obter verbas de custeio do estado e até do SUS, a Prefeitura, em 2015, teve que fazer a intervenção para garantir, que mesmo que de modo emergencial, o Hospital não encerrasse as atividades. Os funcionários estavam com salários atrasados, estava com várias dívidas com fornecedores e os servidores municipais estavam, à época, com indicativo de greve dos colaboradores e ainda o pedido de intervenção ética do Conselho Regional de Medicina (CRM). À época, o município não dispunha de um serviço 24 horas de saúde. Além disso, havia problema na prestação de contas e esclarecimentos por parte da Associação Beneficente São Rafael. Se isso tivesse acontecido, seria um enorme prejuízo para Rolândia e as demais cidades da micro região que são atendidas pelo São Rafael – outras 10 cidades - Pitangueiras, Guaraci, Jaguapitã, Miraselva, Prado Ferreira, Centenário do Sul, Lupionópolis, Cafeara, Porecatu e Florestópolis.
Como foi a intervenção
A Prefeitura nomeou administradores e diretores, ao longo de seis anos e quatro meses, que tiveram a missão de tentar colocar a casa em ordem e garantir o funcionamento do Hospital. Com esse trabalho, o Hospital recuperou certidões que o ajudaram a receber verbas públicas e que contribuíram na manutenção do atendimento. Dívidas foram renegociadas e a casa foi sendo colocada em ordem. No fim de 2020, o estado encerrou o repasse de quase R$ 230 mil/mensais. Esse aporte contribuiu nessa retomada.
Fim da Intervenção
Mesmo ainda com dívidas e com alguns problemas, chegou-se a conclusão que o Hospital está demonstrando capacidade de renegociar suas dívidas, pagar em dia seus servidores e assim pode caminhar sem a intervenção administrativa da Prefeitura. Além disso, hoje Rolândia conta com um atendimento 24h de saúde, que não sobrecarrega o Hospital São Rafael e que se mostra resolutivo em muitos casos. A Associação Beneficente São Rafael volta a ter o comando administrativo do Hospital.
O São Rafael hoje
Realiza, em média/mês: 136 cirurgias, 2.534 atendimentos de emergência e urgência, 3.125 procedimentos e 71 partos. Desses atendimentos, em média, 89% são pelo SUS e 11% particulares e ou de planos de saúde. Tem capacidade de 25 leitos de internação SUS em Clínica Geral, 8 leitos SUS para Cirurgias, 13 leitos SUS para cirurgia obstetrícia, 4 leitos SUS em Pediatria Clínica, 6 leitos de internação particular/convênio – total 56 leitos.
Confira o ato em: https://fb.watch/ck5o1Zl6GX/
NCPMR
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