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Diariamente, 17 mil quilos de hortigranjeiros que seriam jogados fora nas cinco Ceasas do Paraná têm outro importante destino. As frutas e verduras beneficiam cerca de 88 mil pessoas através das ações do Banco de Alimentos, programa desenvolvido pela empresa, que é vinculada à Secretaria da Agricultura e do Abastecimento. Participam as cinco unidades - Curitiba, Londrina, Maringá Cascavel e Foz do Iguaçu. 

“Temos uma importante ação social, principalmente pela parceria que mantemos com os produtores e permissionários atacadistas das nossas cinco unidades no Estado, que fazem diariamente as doações para o programa. Além de evitarmos o desperdício de alimentos, essas ações impedem também que uma grande quantidade de produtos seja descartada para os aterros sanitários”, explica Natalino Avance de Souza, diretor-presidente da Ceasa Paraná. 

Além do apoio dos permissionários e produtores, o programa conta ainda com a participação das respectivas prefeituras, do Provopar, e do Ministério de Desenvolvimento Social, por meio da Programa de Aquisição de Alimentos – PAA. 

Em média, por mês, o Banco de Alimentos das cinco Ceasas do Paraná doa cerca de 418 mil quilos de hortigranjeiros. Os produtos são doados pelos permissionários e produtores que atuam nos mercados atacadistas. Após a entrega, os alimentos que ainda estão em bom estado de consumo, mas por uma situação ou outra não serão comercializados, são selecionados e separados pelos funcionários da Ceasa, que depois os repassam para as entidades assistências cadastradas no programa. 

De acordo com o gerente do Banco de Alimentos, Gilmar Pavelski, estes hortigranjeiros são entregues para 530 entidades assistências - são creches, hospitais públicos, asilos e casas de recuperação, entre outras instituições. São atendidas em torno de 88 mil pessoas mensalmente.

“Periodicamente, promovemos também atividades de capacitação em educação alimentar junto a essas entidades. Esses cursos e palestras são uma forma orientar as comunidades e pessoas atendidas com ações educativas, conhecimentos básicos sobre reaproveitamento de alimentos e informações nutricionais, entre outras questões básicas de saúde”, diz Gilmar Pavelski.

CONSCIENTIZAÇÃO SOCIAL - Uma vez por semana, a aposentada de 85 anos Maria de Souza Severiano, que mora no Jardim Califórnia, em Araucária, vai ao Centro de Eventos da Ceasa Curitiba. Enquanto aguardava a arrumação das caixas com os hortigranjeiros, ela conversava com as amigas sobre as orientações da assistente social Jaqueline Gomides, que faz o cadastramento das famílias em situação de vulnerabilidade, também atendidas pelo Banco de Alimentos. 

“Lá em casa somos eu, meu marido e uma neta que mora conosco. Esses produtos nos ajudam a completar a nossa alimentação. Sempre que posso, além das saladas, faço refogados e extrato de tomate para molhos”, conta a aposentada, que nos fins de semana comanda a cozinha da família, quando estão reunidos os três filhos, parte dos 14 netos, 34 bisnetos e cinco tataranetos.

Benedita Joaquim Luiz, 67 anos, diz que também divide com a família as doações dos hortigranjeiros que recebe do programa da Ceasa. De acordo com ela, que mora em São José dos Pinhais, a ida semanal ao Banco de Alimentos ajuda a reforçar a alimentação de todos. 

“Lá em casa nada é desperdiçado, reaproveito tudo que levo. Faço sucos, salada de frutas entre outras receitas caseiras”, diz. Ela também participa dos cursos e palestras periódicas realizados na cozinha industrial do Banco de Alimentos. “Sempre aprendemos algo de novo nesses encontros”, completa dona Francisca.

Elas afirmam que os produtos doados são uma grande ajuda para a comunidade. “Só temos a agradecer de todo o coração a essas pessoas. Essa ajuda é muito importante e auxilia uma grande quantidade de pessoas carentes”, completa a dona Maria de Souza Severino.

INSTITUIÇÕES - A poucos metros dali, a fila de carros e caminhonetes das 22 entidades assistências aguardava a liberação das doações do Banco de Alimentos da Ceasa Curitiba, estimada em 7 mil quilos de hortigranjeiros. Entre eles estava Felipe Augusto da Silva, administrador da Comunidade Bethania, casa de acolhimento no bairro Boqueirão, em Curitiba. 

“Temo 37 pessoas que estão conosco num processo de ressocialização. Boa parte destes produtos são utilizados diariamente nas refeições que eles mesmos preparam”, explica o administrador. A entidade Bethania é uma das primeiras a participar do programa, que existe desde 1991 e foi reestruturado em 2005, ampliando a sua rede de atendimento social.

Para a irmã Taila Fabrício Nogueira, do Instituto das Apóstolas do Sagrado Coração de Jesus, que atende mais de 600 crianças do ensino fundamental e educação infantil, em escola da Planta Santa Lúcia, em Piraquara, a colaboração dos produtores e atacadistas da Ceasa é muito bem-vinda. “Essas doações ajudam na diversificação e no reforço alimentar dos nossos alunos. Só temos que agradecer a todos que fazem esse trabalho”, diz.

CRITÉRIOS PARA CADASTRAMENTO - Para participar do programa é necessário preencher alguns critérios. A entidade não deve ter fins lucrativos, apresentar o CNPJ, data de fundação, ata de posse da diretoria e endereço, entre outros itens. 

Mais informações sobre o Banco de Alimentos da Ceasa Paraná podem ser obtidas pelo telefone (41) 3348-5501, em horário comercial, através do e-mail gilmarpavelski@ceasa.pr.gov.br ou nas respectivas Gerências de Mercado das unidades da empresa no Estado.

AEN

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