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Atividade reverteu queda de agosto com alta de 8,7% este mês e de 14% em relação a setembro de 2019. O crescimento acumulado no ano é de 2,04%

O Paraná exportou US$ 1,512 bilhão em setembro, aumento de 8,7% frente a agosto. Com isso, o estado reverteu a tendência de queda divulgada anteriormente pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério da Economia. O resultado foi ainda melhor em relação ao mesmo mês de 2019, com crescimento de 14%.

De janeiro a setembro, as exportações acumulam 2,04% de alta quando comparadas com igual intervalo do ano passado. As importações foram de US$ 922 milhões no mês. O saldo da balança comercial em setembro ficou em US$ 590 milhões, 4,3% maior do que em agosto. De janeiro a setembro, o superávit da balança é de US$ 4,754 bilhões, 70,8% acima do valor registrado no mesmo intervalo de 2019.

“Trata-se de um crescimento robusto na variação do mês, tanto em valor como em volume de produtos exportados”, avalia o economista da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), Evânio Felippe. “A elevação de 11,6% no volume de itens comercializados fora do país sinaliza que aos poucos a atividade de comércio internacional está retomando o ritmo perdido no início da pandemia”, ressalta.

A soja foi o principal produto vendido para fora (US$ 544 milhões), 82,4% a mais do que o registrado em setembro do ano passado. Seguido de carnes (US$ 212 milhões), queda de quase 10% no mesmo mês de 2019; material de transporte (US$ 123 milhões), redução de 26% no mesmo período. Em relação a agosto último, as exportações deste item ligado ao segmento automotivo superam os 70% de alta. “Esse é um bom sinal, um alento para o setor que é um dos principais polos industriais do estado e um dos mais impactados pela crise sanitária. Se no mercado interno a demanda por veículos ainda é insuficiente, as vendas externas podem ser uma boa alternativa para reaquecer a atividade e ajudar na trajetória de recuperação”, afirma.

Esta tendência se refletiu na avaliação dos principais produtos importados no mês. Material de transporte foi o quinto produto mais comprado pelo estado (US$ 67,2 milhões), 65% a mais do que o em agosto. “Considerando que aproximadamente 60% das peças para produção de um veículo são importadas, mesmo com a queda de 55% com relação a setembro de 2019, esse valor indica que o setor automotivo está retomando a produção gradativamente, mesmo que com foco no mercado externo”, destaca.

Produtos químicos, principalmente fertilizantes e adubos, foram os principais itens importados pelo Paraná em setembro (US$ 370,8 milhões). Depois vieram produtos mecânicos (US$ 91 milhões); derivados do petróleo (US$ 85 milhões); e materiais elétricos (US$ 73 milhões).

Outro fator que fomenta a atividade de exportação é a variação cambial, diz o economista. Só este ano houve uma depreciação de 31% do real frente ao dólar. Essa desvalorização influencia o preço do produto brasileiro no mercado internacional, já que fica mais barato. “Há um ganho de competitividade. Neste momento, exportar é uma boa estratégia para a recuperação da indústria”, completa. “Por outro lado, importar fica mais caro e prejudica atividades que dependem de matéria-prima de fora em seus processos produtivos”, conclui.

Patricia Gomes/Asimp

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