Frente dos Pedágios e UFPR farão pente-fino nos contratos atuais, obras não entregues e transição para novo modelo
Os deputados estaduais que compõem a Frente Parlamentar sobre o Pedágio se reuniram, na terça-feira (19), com o Instituto Tecnológico de Transporte e Infraestrutura (ITTI), da Universidade Federal do Paraná (UFPR), em uma reunião técnica de trabalho para traçar ações sobre a nova modelagem dos pedágios no Paraná. O ITTI é parceiro da Frente e presta assessoramento especializado sobre o tema.
Na reunião, os deputados e os técnicos decidiram realizar um "pente-fino" nos contratos atuais, que se encerram no próximo dia 27 de novembro, com o objetivo de revelar o tamanho exato do prejuízo, deixado pelas concessionárias à sociedade paranaense, com a não realização de obras previstas nos contratos.
"Vamos fazer um inventário de todas as obras não realizadas pelas concessionárias, que os paranaenses já pagaram no atual contrato, e que foram retiradas em aditivos ou simplesmente não feitas. Queremos ter esse raio-X completo da situação para que a sociedade conheça o tamanho do passivo deixado e para cobrar das concessionárias a execução destas obras mesmo com o fim dos contratos atuais", explicou o deputado estadual Evandro Araújo (PSC), vice-coordenador da Frente.
Além do inventário das obras, o grupo vai atuar no acompanhamento do período de vacância entre o fim do contrato atual e a assinatura dos novos contratos, que, de acordo com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), será no fim de 2022. "Precisamos saber como funcionará, exatamente o tempo que durará, como ficará a manutenção das rodovias e os serviços neste período", questionou Araújo.
Um outro item que gera preocupação dos deputados estaduais, e que será objeto de estudo dos técnicos do ITTI, é o novo edital das concessões das rodovias paranaenses, que a ANTT entregará ao Tribunal de Contas da União (TCU) nos próximos dias. O grupo irá avaliar todos os itens do novo edital a fim de saber se os compromissos e garantias, feitos durante audiências públicas, serão incluídos na versão final do documento.
Adriano Rima/Asimp
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