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Com um investimento de R$ 2,45 milhões, o objetivo é atender demandas de municípios de pequeno porte com menos de 30 mil habitantes, localizados nas regiões onde se localizam os câmpus das instituições de ensino superior, e que não dispõem de setores de projetos.

O Governo do Estado anunciou na segunda-feira (6) o aporte de R$ 2,45 milhões para implantação de escritórios de projetos de engenharia nas universidades estaduais do Paraná, chamados de Projetek. O objetivo é atender demandas de municípios de pequeno porte com menos de 30 mil habitantes, localizados nas regiões onde se localizam os câmpus das instituições de ensino superior, e que não dispõem de setores de projetos.

Os recursos são oriundos do Fundo Paraná de fomento ao desenvolvimento científico e tecnológico, gerido pela Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti). Conforme o edital, o montante será aplicado na adequação de espaços físicos e aquisição de equipamentos e no custeio de bolsas para estudantes e profissionais de Engenharia Civil e Arquitetura e Urbanismo, que vão atuar nos escritórios acadêmicos.

A iniciativa tem amparo no Programa de Estímulo às Ações de Integração Universidade, Empresa, Governo e Sociedade, denominado Agência de Inovação para o Desenvolvimento Regional Sustentável (Ageuni), que visa incentivar o desenvolvimento socioeconômico paranaense, agregando tecnologia aos processos de produção de bens e serviços.

As unidades do Projetek irão utilizar tecnologia BIM (sigla em inglês para Building Information Modeling ou Modelagem de Informações da Construção, em tradução livre), um conjunto de técnicas e processos, que possibilita a atuação simultânea e colaborativa das áreas envolvidas nos projetos de edificações e instalações.

Desafios

No segmento de desenvolvimento urbano e obras públicas, alguns municípios enfrentam dificuldade para desenvolver projetos executivos de engenharia, o que acaba impactando negativamente na captação de recursos para o financiamento de empreendimentos nas áreas de educação, saúde, segurança, cultura e saneamento. A elaboração de bons projetos vai permitir a execução das obras em menor tempo, evitando gastos extras para os cofres públicos municipais.

Segundo o superintendente de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Aldo Nelson Bona, os escritórios acadêmicos representam um reforço do Estado para auxiliar os gestores públicos municipais em obras de infraestrutura urbana e predial. “A ideia é disponibilizar equipes especializadas para elaborar os projetos de construção civil e obras públicas, minimizando falhas de execução e seguindo as técnicas adequadas e as legislações vigentes”, afirmou.

Ele afirmou, ainda, que a ação vai ao encontro da orientação do governador Ratinho Júnior, no sentido de posicionar, cada vez mais, as universidades estaduais a serviço do desenvolvimento do Paraná. “Os escritórios contribuem para a qualificação de profissionais voltados ao atendimento das demandas do setor público, sob a orientação de professores experientes e renomados do quadro de docentes das universidades estaduais”, enfatizou.

O portfólio de serviços do Projetek abrange infraestrutura urbana e predial, incluindo drenagem e pavimentação de ruas, bem como projetos de empreendimentos voltados a serviços para a população, como creches, escolas e postos de saúde.

Para o diretor científico, tecnológico e de inovação da Fundação Araucária, Luiz Márcio Spinosa, o Projetek vai incrementar a relação entre a universidade e sociedade. “A partir das demandas dos municípios, as universidades vão mobilizar atividades de ensino, pesquisa e extensão para produzir os projetos, com alcance de várias regiões, gerando uma contribuição relevante para o desenvolvimento regional”, salientou.

Gilson Abreu/AEN

Piloto

primeiro Projetek foi inaugurado na Universidade Estadual de Londrina (UEL), no dia 27 de maio deste ano. O espaço acomoda até 15 pessoas atuando simultaneamente em diferentes atividades dos modelos virtuais dos projetos – arquitetura, estrutura, instalações hidráulicas, prevenção de incêndio, instalações elétricas, planejamento e orçamento. Os computadores são equipados com softwares específicos, licenciados para modelagem na tecnologia BIM.

Os primeiros projetos prospectados são dos municípios de Cafeara, Guaraci, Lupionópolis, Prado Ferreira e Sertanópolis. Entre os empreendimentos previstos estão centros municipais de educação infantil (CMEIs), arena de esportes, barracões industriais e multiuso, clínica de fisioterapia, entre outros.

O escritório da UEL deve beneficiar, ainda, outras 12 cidades do Norte do Paraná: Alvorada do Sul, Bela Vista do Paraíso, Centenário do Sul, Florestópolis, Jaguapitã, Jataizinho, Miraselva, Pitangueiras, Porecatu, Primeiro de Maio, Sabáudia e Tamarana.

AEN

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