Em oito anos de atuação, agentes credenciados do Sebrae/PR já visitaram e levaram orientação para quase 200 mil empresas paranaenses
Quem acredita que a solução de um problema nunca bateria à sua porta não conhece o Programa Negócio a Negócio, do Sebrae/PR. Desde 2010, o serviço já levou orientação sobre gestão empresarial a 195 mil microempresas e microempreendedores individuais (MEI) paranaenses, de forma totalmente gratuita. E a meta para este ano é que 26 mil negócios do Estado sejam visitados por um dos 150 agentes de orientação empresarial, que trabalham no esquema de porta a porta.
“Somente nos primeiros meses deste ano já atendemos 5,2 mil empresas. Nossos agentes credenciados estão presentes em aproximadamente 280 dos 399 municípios do Paraná e atuam quase em um processo de ‘arrastão’ porta a porta”, explica Lucas Hahn, coordenador estadual do Programa. O objetivo, destaca, é apontar ao empresário que existe luz no fim do túnel para os problemas trazidos pela conjuntura econômica. “Nesta crise, muitos empresários estão perdidos. O Negócio a Negócio leva essa orientação empresarial e mostra que há, sim, saída”, reforça.
O Programa consiste em duas visitas do agente de orientação empresarial ao negócio, geralmente, com 15 dias de intervalo entre elas. Na primeira, que dura cerca de uma hora, é feito um raio X completo da empresa. “A segunda é a devolutiva desse diagnóstico, quando são apontadas as oportunidades de melhoria e os pontos fortes do negócio. Nessa visita, o agente sugere outros canais, como as Salas do Empreendedor ou pontos de atendimento do Sebrae, onde o empreendedor poderá acessar soluções personalizadas para se aprimorar”, detalha Lucas Hahn.
O objetivo, portanto, é ser o início de um ciclo de relacionamento com as soluções oferecidas pelo Sebrae. “O agente dá um norte: você pode fazer o curso tal, acessar o Clube do Empreendedor para ter ideias. O importante é que a empresa se veja melhor e perceba o que precisa para crescer. São duas visitas apenas, mas que fazem a diferença”, garante o consultor do Sebrae/PR.
Embora as visitas sejam espontâneas, empresas com faturamento anual máximo de R$ 360 mil podem solicitar a presença de um agente pelo Canal de Atendimento do Sebrae/PR, pelo 0800 570 0800. “Nós vamos checar a disponibilidade de agentes naquela localidade e, caso ainda não seja atendida, mas tenha muitas solicitações, podemos estudar a possibilidade de incluí-la no próximo ciclo”, diz Lucas Hahn.
Boas experiências
A Floricultura Capricho, de Londrina, no norte do Estado, já havia sido visitada por agentes do Negócio a Negócio, mas foi apenas em 2016 que a empresária Maria Coracy Ferreira da Silva resolveu arregaçar as mangas e colocar em prática as orientações recebidas. “Da outra vez, acabamos não seguindo o que nos disseram, fomos empurrando com a barriga, mas agora implantamos ideias que nos deram em melhoria de atendimento e, principalmente, frente de loja”, lembra.
Com duas lojas na cidade, a empresária, que também promove eventos, conta que se surpreendeu com os resultados em vendas e em novos clientes. “Muitas vezes, focava em fazer eventos belíssimos, mas os clientes vinham ao escritório, que fica na floricultura, e viam prateleiras vazias, iluminação ruim. E é a primeira impressão que fica. Implantamos as melhorias nesses pontos no final do ano passado e já sentimos a diferença”, comemora. Com dois funcionários fixos e freelancers no fim de semana, Maria e o esposo têm feito cursos online e presenciais do Sebrae/PR, em busca de aprimoramento para o negócio.
A parceria de longa data entre o Sebrae/PR e a Agência WX, que há 13 anos atua no mercado de criação de sites e marketing digital em Curitiba, rendeu aos empresários Eduardo Aristides e Fillipe Neyl algumas visitas dos agentes do Negócio a Negócio. Participante de rodadas de negócios, do Sebraetec e de outros programas, a empresa triplicou o número de colaboradores nos últimos três anos. “Somos meio autodidatas, então, já sabíamos que estávamos fazendo de certo e errado, mas o Programa foi importante para ter uma visão externa. No momento da visita, no final do ano passado, estávamos implementando uma pesquisa de satisfação para o cliente. Também trocamos o sistema de gestão de cobranças, com processos mais automatizados, o que ajudou bastante”, conta Eduardo.
Asimp/Sebrae
#JornalUniãoLeia também: