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O deputado Luiz Claudio Romanelli (PSB) destacou ontem, 28, a decisão da Câmara dos Deputados e do Senado Federal na defesa das refinarias da Petrobras, entre elas a de Repar no Paraná. O Congresso Nacional, em documento enviado ao STF, se colocou contra a venda das refinarias pelo governo federal.

Romanelli diz que a venda da refinaria vai provocar desemprego, além de transferir um patrimônio dos brasileiros para a iniciativa privada. “Sou inteiramente contra a venda de uma refinaria que é lucrativa e que pertence ao povo do Paraná e do Brasil. A Repar é nossa e deve continuar nas mãos do povo brasileiro”, disse.

O deputado é contra também à venda da usina do xisto em São Mateus do Sul. Mais de sete mil trabalhadores podem perder seus empregos. Na Repar, na cidade de Araucária, são 3,4 mil empregos (772 diretos e 2,6 mil indiretos). E na usina do xisto são mil empregos diretos e outros três mil indiretos.

Reanálise

O documento encaminhado Supremo Tribunal Federal pelos deputados e senadores pede que os ministros avaliem a decisão e impeçam a negociação de oito refinarias da Petrobras. Os parlamentares defendem uma reanálise do programa de privatizações das unidades que ainda não chegou a ser discutido em nenhuma das Casas.

“As negociações já estão avançadas, mas é importante que o STF mantenha um posicionamento imediato, antes que a Petrobras conclua a venda”, apela Romanelli.

Os ministros Edson Fachin (relator do processo), Ricardo Lewandowski e Marco Aurélio Mello votaram contrário à venda da Repar e de outras refinarias da Petrobras. Os deputados temem que as refinarias sejam vendidas, antes da decisão final do STF.

Unidades

A Petrobras adiantou que a venda das unidades de refinaria, a da Repar pode ocorrer na primeira fase e a Usina do Xisto, na segunda.

A Repar é responsável por 12% da produção nacional de produtos derivados do petróleo e a segunda maior refinaria da Petrobrás em volume produzido, atende além do Paraná, os estados de Santa Catarina, São Paulo e Mato Grosso do Sul, além de exportar através dos Portos de Paranaguá e São Francisco do Sul (SC).

A usina do xisto tem a capacidade de produzir seis mil barris por dia de materiais como óleo combustível, GLP, nafta e enxofre para fertilizantes, produtos para a pavimentação, cimento, asfalto, cerâmica e insumos agrícolas. A primeira unidade da usina entrou em funcionamento em 1972 e a segunda em 1991, e, por conta da importância da usina, a BR-476 que liga Curitiba a União da Vitória, passando por Araucária e São Mateus do Sul, foi batizada de Rodovia do Xisto.

ALEP

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